As pessoas que têm horário agendado na Polícia Federal, em Curitiba, estão entrando em grupos a cada dez minutos. Este procedimento foi adotado nesta segunda-feira (9), primeiro dia útil depois da prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apenas quem tem horário agendado ou que comprovadamente vai utilizar um dos serviços prestados PF é autorizado a passar pelo bloqueio montado no entorno da Superintendência da PF pela Polícia Militar (PM).
A situação seguirá desse jeito por tempo indeterminado, assim como o bloqueio. O policiamento na região foi reforçado.
Desde a noite de sábado (7), com a prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva da Silva (PT), policiais militares fecharam ruas próximas à Superintendência da Polícia Federal, que fica no bairro Santa Cândida.
Policiais militares e agentes da Polícia Federal fazem triagem do público que deverá apresentar documento de identificação e protocolo de atendimento, conforme informou a PF.
A orientação da Polícia Federal é para que as pessoas não procurem a corporação, nos próximos dias, caso necessitem apenas de uma informação.
Prisão de Lula
Lula está cumprindo pena por corrupção e lavagem de dinheiro, em uma sala especial na PF. O petista foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisãono caso do triplex em Guarujá (SP).
Por ordem do juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente ficará preso em uma sala especial de 15 metros quadrados, no 4º andar do prédio da PF, com cama, mesa e um banheiro de uso pessoal. Também foi autorizada a instalação de um TV no local.
O bloqueio
Depois da confusão que houve no sábado à noite, envolvendo policiais e manifestantes contrários à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a PM bloqueou os cruzamentos que ficam entorno do prédio da PF.
Oito pessoas se feriram no tumulto, sendo três crianças.
Uma decisão judicial, concedida pela Justiça Estadual do Paraná, proíbe a passagem de veículos e pessoas não autorizados e a montagem de estruturas e acampamentos próximos à Superintendência da Polícia Federal.
O chamado interdito proibitório foi solicitado pelo município de Curitiba e concedido pelo juiz substituto Ernani Mendes Silva Filho.