A ida dos agentes à Câmara também serve para tomar conhecimento dos últimos passos da vereadora, assim como os projetos apresentados por ela
A investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes continua a todo vapor na Divisão de Homicídio da Polícia Civil. A bola da vez é a Câmara Municipal. A corporação tem voltado os olhos a registros de movimentação no local para tentar encontrar pistas que tenham relação com os assassinatos.
Além de terem conseguido as imagens do dia do crime e das semanas que antecederam o duplo homicídio, policiais ainda conversaram com vigilantes. O presidente da Câmara, Jorge Felipe (PMDB), declarou ao O Globo que “toda contribuição possível para o rápido esclarecimento do crime está sendo prestada pela Casa à polícia do Rio”.
"Tudo que está ao nosso alcance vem sendo feito. Não conseguimos qualquer motivo para essa crime bárbaro, que nos causou indignação e surpresa. Marielle tinha um bom relacionamento com seus pares, e era querida por todos na Câmara", garantiu.
Passo a passo
A ida dos agentes à Câmara também serve para tomar conhecimento dos últimos passos da vereadora, assim como os projetos apresentados por ela. Demissões no Legislativo ainda estão sendo investigadas, inclusive, quatro exonerações que seriam do gabinete de Marielle, conforme publicação no Diário Oficial, na quarta-feira (14), dia em que a vereadora foi morta.
"As movimentações foram uma exigência legal, aconteceram depois de uma decisão judicial que atingiu todos os vereadores, obrigando-os a reduzir cargos comissionados", explicou Tarcísio Motta, colega de Marielle na bancada do PSOL na Câmara.
Linhas de investigação
O andamento das investigações tem apontado para duas linhas principais, revelou uma fonte que acompanha o trabalho da Polícia Civil. A primeira delas é que o crime pode ter sido cometido por milícia. A segunda, por sua vez, por causa de uma denúncia feita por Marielle. Essa última é referente à acusação feita por ela de que policiais do 41º BPM estavam praticando abusos na Favela de Acari