Um relatório divulgado pela Polícia Federal sobre o homicídio da vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle Franco concluiu que um policial militar tentou atrapalhar a investigação do caso.

As autoridades destacaram que o agente militar Rodrigo Jorge Ferreira teria inventado uma história sobre o envolvimento de um suposto elemento de uma milícia no crime, para se vingar e confundir a polícia.

Segundo o relatório, Rodrigo Jorge Ferreira era aliado do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, mas os dois desentenderam-se e o policial resolveu apontar o antigo aliado como responsável pelo homicídio de Marielle Franco, segundo o depoimento que fez na polícia.

Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018, quando regressavam de um evento político ao serem atingidos por tiros disparados contra o carro em que viajavam na cidade do Rio de Janeiro.

O crime completou 14 meses em maio e, embora a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirme que dois ex-agentes da polícia sejam os atiradores, a investigação permanece em curso e ainda não há uma conclusão sobre a motivação nem sobre quem foram os mandantes do crime.