MANIFESTAÇÃO


O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Batista Camilo, disse em entrevista à CNN Brasil que o início do embate entre grupos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista teve início devido à presença de uma grupo de neonazistas no local. 

Camilo não confirmou de qual lado estava o símbolo que provocou revolta de manifestantes que protestavam contra fascismo e a favor da democracia, mas nas redes sociais, divulga-se uma bandeira com o brasão da Ucrânia como sendo esta a bandeira neonazista. "O conflito começou por causa disso", disse o secretário-executivo, pontuando que a presença do grupo de neonazistas foi o estopim da manifestação. 


De acordo com ele, a polícia irá apurar o fato ao longo da semana. Antes, um grupo composto por torcidas organizadas de times como o Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos protestava a favor da democracia. Na mesma avenida, um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro também protestava. Eles seguravam uma grande faixa que dizia: "SOS Forças Armadas".


Houve crítica nas redes sociais em relação à postura da Polícia Militar, que agiu de forma mais enérgica contra o grupo contrário ao presidente Jair Bolsonaro. O secretário-executivo da PM afirmou que "a polícia vai garantir a liberdade de expressão de todos". "Onde houver quebra da ordem, haverá intervenção policial", disse.


O coronel afirmou que atear fogo em lixo não é a melhor forma de manifestar - algo que foi feito por grupos que manifestavam a favor da democracia. Coronel Camilo pontuou ainda em entrevista à CNN que a polícia não está a favor de nenhum dos grupos. "A polícia está do lado do cidadão de bem, garantindo a liberdade de todos", afirmou.


De acordo com ele, não houve informações de pessoas feridas. Bombas de efeito moral foram lançadas na direção dos manifestantes contra Bolsonaro e parte do grupo foi dispersado. 


Na última semana, a embaixada da Ucrânia no Brasil divulgou uma nota depois que a bandeira foi usada em outra manifestação pró-Bolsonaro, dizendo que "a bandeira vermelha e negra e do brasão da Ucrânia não tem nada a ver com o movimento neonazista".