Estão sendo cumpridos 230 mandados judiciais em cinco Estados
Policiais federais cumprem, desde as primeiras horas da manhã desta segunda (25), 230 mandados judiciais expedidos contra suspeitos de integrar um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Batizada de Laços de Família, a operação é realizada em cinco Estados (Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte) e conta com a participação de cerca de 211 agentes federais.
A pedido da Polícia Federal, a 3ª Vara Federal de Campo Grande (MS) concedeu 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 35 de busca e apreensão em residências e empresas e 136 mandados de sequestro de veículos terrestres. A Justiça também autorizou o sequestro de 25 imóveis, sete helicópteros e cinco embarcações de luxo. Além disso, também foi decretado o sequestro geral de todos os bens de 38 investigados, em todo o território nacional, inclusive em nome de suas empresas de fachada.
Em nota, a PF informou que os investigados atuavam a partir da fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Segundo as investigações preliminares, a organização era comandada por integrantes de uma única família e tinha “estreita ligação” com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ainda de acordo com a PF, a organização alvo da operação deflagrada hoje distribuía grandes quantidades de droga para várias regiões brasileiras. O produto ilícito era transportado escondido em caminhões e carretas, misturado a cargas legais. Em contrapartida, os membros da organização recebiam joias, veículos de luxo e dinheiro que era depositado em contas bancárias abertas em nome de laranjas e de empresas de fachada. As joias e o dinheiro usados como pagamento costumavam ser transportado nos helicópteros alvos dos mandados de apreensão.
A PF afirma ter apreendido, ainda durante as investigações, mais de R$ 317 mil em dinheiro, joias, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga.
Seis pessoas foram detidas em flagrante, acusadas de integrar o esquema criminoso. Se confirmados os crimes, todos os acusados poderão ser condenados a penas que podem chegar a 35 anos de prisão.