O animal acertou em cheio a nuca do caubói paulista de 24 anos


Na noite de domingo, dia 8 de julho, o peão Uéliton Flávio de Oliveira, de 24 anos, natural de Santa Fé do Sul (SP), estava participando da disputa final de montaria, no encerramento da exposição agropecuária de Paranaíba, no Mato Grosso do Sul, quando, ao pular do touro "Wi-fi", após os oito segundos exigidos, acabou morrendo ao ser pisoteado na nuca pelo animal. A informação foi divulgada pelo jornal local Correio do Estado.

Vídeos que foram gravados pela plateia mostram o momento em que o caubói paulista salta para sair de cima do touro, mas acaba perdendo o equilíbrio e caindo de joelhos. Neste instante, o "Wi-fi" bate com as patas traseiras na nuca de Uéliton. O animal estava dando coices, como é de costume dos bois nesse tipo de evento, e acertou a cabeça do peão de forma involuntária.

De acordo com o Correio do Estado, enfermeiros que atenderam o peão disseram que ele não resistiu à pisoteada do touro e morreu ainda na arena. O corpo do rapaz foi retirado do local por uma ambulância por volta de 22h de domingo (8). Em seguida, a morte do caubói foi confirmada pelos responsáveis pela competição, que foi encerrada em seguida. "No momento do acidente, Uéliton era o 11º colocado da disputa. Organizadores disseram que os peões são obrigados a ter seguro de vida para disputar as montarias", informa o jornal sul-matrogrossense.


Práticas com animais

Vale lembrar que, apesar de ser polêmico, o rodeio é considerada uma prática cultural no Brasil. Em junho do ano passado, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 50, de 2016, que autoriza as práticas esportivas com animais no país, incluindo vaquejada e rodeio. A emenda acrescentou um parágrafo ao Artigo 225 da Constituição Federal e determina que essas modalidades que envolvem touros e vacas não devem ser consideradas cruéis quando se tratarem de manifestação cultural.

O novo artigo determina ainda que a vaquejada seja registrada como "bem de natureza imaterial" e seja regulamentada por lei para garantir o bem-estar dos animais. A festa é tradicional em várias cidades do interior do país, principalmente na região nordeste.

Por sua vez, o rodeio é muito popular no sudeste e no centro-oeste, em especial na cidade de Barretos, no interior de São Paulo.