Por Flávia Albuquerque –
Agência Brasil
São Paulo
“Policiais federais entraram no ambiente da deep web ((internet oculta) com o uso de equipamentos e técnicas próprias para a investigação desse tipo de crime e identificaram que esse brasileiro seria um professor que atua na capital paulista. As diligências apontam que ele usaria a proximidade decorrente da profissão para abusar de crianças entre 5 e 10 anos de idade, de ambos os sexos”, diz a PF por meio de nota.
Segundo as informações, a polícia concluiu que, além do compartilhamento, havia evidências de que a mesma pessoa também produzia imagens dos abusos, com o objetivo de conquistar respeito e admiração dos outros participantes dos grupos que atuavam nesse ambiente da internet.
De acordo com a PF, já foram identificadas sete crianças, que são membros da família do suspeito, alunos e alunas. “Agora a PF trabalha para identificar se há outras vítimas, a partir da análise do material apreendido e da oitiva de pessoas”, informou a PF.
O investigado será indiciado pelos crimes de publicação de imagens de pornografia infantil, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas variando de três a seis anos de reclusão, e pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no Código Penal, com penas de oito a 15 anos de reclusão.
O preso será encaminhado ao sistema prisional estadual, onde permanecerá à disposição da Justiça.