A Operação Lei Seca Verão teve início nesta quinta-feira (10) ações diurnas na região metropolitana do Rio de Janeiro e no interior fluminense, que se estenderão até depois do carnaval, em março.

Em entrevista à Agência Brasil, o superintendente da operação, major Carlos Eduardo Falconi, destacou que este é o quinto ano consecutivo em que são realizadas ações diurnas de fiscalização e conscientização da população para o respeito às regras, nas principais áreas de lazer do estado do Rio de Janeiro.

Segundo Falconi, houve uma mudança positiva da sociedade fluminense com relação ao ato de beber e dirigir, e o objetivo é preservar vidas. “Há cinco anos, estamos obtendo resultados muito significativos com as saídas de praia, de cachoeiras, de áreas de lazer, quando o sol ainda está intenso e existe muito trânsito de veículos nas vias próximas a esses locais.”

Na fiscalização diurna do ano passado, as equipes da Operação Lei Seca fizeram 22 mil abordagens e registraram 1.400 casos de registro de alcoolemia, ou seja, de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool. “É um número expressivo em comparação com o de 2017, quando tivemos 17 mil casos e mil registros de alcoolemia”, disse o superintendente.

Taxa média

No fim da semana passada, em ações feitas em Cabo Frio, na Região dos Lagos, 21% dos casos abordados tiveram registro de alcoolemia. Falconi destacou que, nas operações noturnas, a taxa de alcoolemia atinge 4% em média, mas, nas fiscalizações de verão,o número sobe para 6,2%. “Muito mais do que a nossa expectativa”, disse o major.

Na opinião do secretário de Estado de Governo, Gutemberg de Paula Fonseca, trata-se de um trabalho fundamental para proteger a população e reforçar a mensagem da Operação Lei Seca. “As pessoas precisam se conscientizar que o risco da mistura de álcool e direção não tem hora, ele é o mesmo de dia ou à noite”.

As açõesnoturnas continuarão sendo feitas normalmente. Durante todo o verão, serão promovidas também ações educativas com cadeirantes, para alertar a população sobre os riscos de beber e dirigir.

Balanço

A Operação Lei Seca é um programa educativo e de fiscalização, de caráter permanente, lançado pela Secretaria de Governo em março de 2009. Desde aquele ano, 3.049.116 motoristas foram abordados, e a taxa de alcoolemia foi comprovada em 193.709. Foram multados no período 559.125 motoristas, 108.774 veículos foram rebocados e 184.392 carteiras de habilitação, recolhidas.

Ontem (9), policiais da Operação Lei Seca prenderam Alessandro Nascimento Barbosa à noite, durante blitz em Ipanema, zona sul do Rio. Ele alegou que não portava documentos do veículo que dirigia, um automóvel Toyota Corolla. Ao consultarem o Portal de Segurança, os policiais constataram que havia contra Alessandro um mandado de prisão em aberto por homicídio praticado em 2017, expedido pela 3ª Vara Criminal de São Gonçalo, além de anotações criminais por estelionato, roubo e tráfico.

Reforço

A delegada da Polícia Civil Verônica Stiepanowez de Oliveira é a nova coordenadora-geral da Operação Lei Seca. Ela substitui o tenente-coronel Marco Andrade, que ficou nove anos na coordenação. A delegada pretende reforçar o programa no interior fluminense, com toda a sua estrutura, “consolidando a marca de qualidade e presença do governo”.

Verônica disse que a ampliação dos programas educacionais é sua prioridade na Operação Lei Seca, com o objetivo de reforçar a política de prevenção, principalmente com o aumento de palestras em escolas e outras instituições.

O trabalho da Operação Lei Seca no Rio é considerado referência para 23 estados da Federação.