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A discussão sobre a qualidade do ar no Brasil revela um cenário preocupante e muitas vezes surpreendente, que vai além dos grandes centros urbanos tradicionalmente associados à poluição. Em Minas Gerais, Congonhas, cidade localizada na Região Central atingiu nível crítico de poeira no ar, segundo um estudo realizado Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dados recentes mostram que o problema é mais grave em regiões afetadas por queimadas e em cidades industriais específicas, colocando a saúde de milhões de brasileiros em risco.
As principais causas da deterioração da qualidade do ar no país são diversas, variando de acordo com a região. Enquanto a queima de combustíveis fósseis por veículos e as emissões industriais dominam em áreas metropolitanas, as queimadas na Amazônia se tornaram o principal fator de poluição para as cidades do Norte, superando os níveis de poluição de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro.
Ranking das cidades mais poluídas
Um levantamento da empresa suíça IQAir, em seu relatório de 2024, revelou um ranking alarmante, destacando cidades com altas concentrações de material particulado fino (PM2.5) poluentes microscópicos capazes de penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea. O nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até 5 µg/m³.
Porto Velho (RO): Com uma média de 29,5 µg/m³, a capital de Rondônia lidera o ranking. A principal causa é a fumaça proveniente das queimadas na Floresta Amazônica, que se intensificam no período de seca.
Sena Madureira (AC): Registrando 27,3 µg/m³, a cidade acreana também sofre diretamente com os incêndios florestais na região, que carregam grandes quantidades de material particulado para a zona urbana.
Rio Branco (AC): A capital do Acre aparece na terceira posição, com 23,6 µg/m³, enfrentando o mesmo problema de poluição atmosférica causada pela fumaça das queimadas.
Osasco (SP): Localizada na Grande São Paulo, a cidade apresenta uma média de 22,1 µg/m³. Aqui, a poluição é resultado da combinação de intensa atividade industrial e do grande fluxo de veículos.
Rio Claro (SP): Com 20,8 µg/m³, este município do interior paulista figura entre os mais poluídos devido às emissões de seu polo industrial e atividades agrícolas na região.
Impactos na saúde e no meio ambiente
A poluição do ar afeta não apenas o ambiente externo, mas também o interior das casas, onde milhões de pessoas ainda utilizam fogueiras, querosene, lenha, carvão e outros combustíveis sólidos para cozinhar. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de exposição doméstica é responsável por cerca de 4 milhões de mortes prematuras todos os anos, associadas a doenças graves como acidente vascular cerebral, cardiopatias isquêmicas, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e câncer de pulmão.
A OMS alerta ainda que quase metade das mortes por pneumonia em crianças menores de 5 anos está relacionada à inalação de partículas finas liberadas na queima de combustíveis sólidos dentro das residências. Além do impacto direto na saúde humana, a poluição contribui para a degradação ambiental ao intensificar o efeito estufa, alterar a qualidade do solo, afetar ecossistemas e ampliar perdas na agricultura um ciclo de danos que começa no ar e se espalha por toda a cadeia de vida.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria
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Ranking das cidades mais poluídas
Um levantamento da empresa suíça IQAir, em seu relatório de 2024, revelou um ranking alarmante, destacando cidades com altas concentrações de material particulado fino (PM2.5) poluentes microscópicos capazes de penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea. O nível recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até 5 µg/m³.
Porto Velho (RO): Com uma média de 29,5 µg/m³, a capital de Rondônia lidera o ranking. A principal causa é a fumaça proveniente das queimadas na Floresta Amazônica, que se intensificam no período de seca.
Sena Madureira (AC): Registrando 27,3 µg/m³, a cidade acreana também sofre diretamente com os incêndios florestais na região, que carregam grandes quantidades de material particulado para a zona urbana.
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Osasco (SP): Localizada na Grande São Paulo, a cidade apresenta uma média de 22,1 µg/m³. Aqui, a poluição é resultado da combinação de intensa atividade industrial e do grande fluxo de veículos.
Rio Claro (SP): Com 20,8 µg/m³, este município do interior paulista figura entre os mais poluídos devido às emissões de seu polo industrial e atividades agrícolas na região.
Impactos na saúde e no meio ambiente
A poluição do ar afeta não apenas o ambiente externo, mas também o interior das casas, onde milhões de pessoas ainda utilizam fogueiras, querosene, lenha, carvão e outros combustíveis sólidos para cozinhar. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse tipo de exposição doméstica é responsável por cerca de 4 milhões de mortes prematuras todos os anos, associadas a doenças graves como acidente vascular cerebral, cardiopatias isquêmicas, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e câncer de pulmão.
A OMS alerta ainda que quase metade das mortes por pneumonia em crianças menores de 5 anos está relacionada à inalação de partículas finas liberadas na queima de combustíveis sólidos dentro das residências. Além do impacto direto na saúde humana, a poluição contribui para a degradação ambiental ao intensificar o efeito estufa, alterar a qualidade do solo, afetar ecossistemas e ampliar perdas na agricultura um ciclo de danos que começa no ar e se espalha por toda a cadeia de vida.
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