O bispo de Marajó, no Pará, D. Evaristo Pascoal Spengler, integrante da comitiva do Brasil que viaja ao Vaticano na próxima semana para a assembleia especial com o papa Francisco, manifestou rechaço à mineração e a grandes obras na região. A posição contraria os planos do governo Jair Bolsonaro para a região e é considerada como uma prévia de como o clero se posicionará no Sínodo da Amazônia.

Durante audiência na Câmara, nesta terça-feira (1º/10), D. Evaristo pediu a “suspensão imediata da implementação de megaprojetos que agridem o bioma da Amazônia”.


“Queremos pedir um não a projeto de mineração em territórios indígenas, não ao garimpo legal e ilegal na Amazônia, não à regularização de novos garimpos. Não às rodovias, ferrovias e hidrelétricas que destroem o meio ambiente. Nenhum grande projeto pode ser implantando sem a consulta prévia, livre e informada”, defendeu o bispo de Marajó.

Hoje, Bolsonaro conversou com um grupo de garimpeiros em frente ao Palácio do Planalto e disse que cogita mobilizar as Forças Armadas para por em prática seu plano de exploração mineral na região de Serra Pelada, a cerca de 2,2 mil quilômetros de Belém, no sul do Pará.