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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, alertou para o risco de desabastecimento de combustíveis, ao defender a política de preços da Petrobras, que prevê paridade com os valores do barril de petróleo no mercado internacional e o dólar. "Temos de ter preocupação grande com o desabastecimento. A importação leva, no mínimo, 90 dias. Cerca de 20% do mercado não é da Petrobras. Mudar qualquer coisa tem que ser com critério, transparência e governança", disse o ministro, em depoimento na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI).
Albuquerque revelou que, para conter a volatilidade dos preços, o governo estuda a criação do que chamou de "colchão tributário", e de "reserva estabilizadora". Segundo ele, o mecanismo permitiria que, ao longo do tempo, as variações dos preços do petróleo fossem compensadas de alguma forma. "Isso seria usado quando houvesse uma volatilidade muito grande", afirmou o ministro. Ele não informou quando as medidas serão anunciadas, nem qual será o impacto dessas ações.
Segundo o ministro, está em avaliação, ainda, reduzir impostos federais, mas ressaltou que para isso, é necessária uma compensação.
Para a economista Catharina Sacerdote, consultora especialista em investimentos, em caso de desabastecimento de combustíveis, haveria uma queda em todos os indicadores da economia, "como produção industrial, vendas do varejo, serviços, investimentos, além de explosão da inflação e redução do PIB", elencou. "Como o cenário no Brasil já é crítico, o risco país pode disparar e piorar ainda mais", explicou. Sacerdote observou que, atualmente, o Brasil produz 75% do combustível consumido no país, e importa 25%.
Segundo o economista Otto Nogami, professor de economia do Insper, com o isolamento social em 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a produção para manter o preço do produto. "Isso fez os estoques mundiais chegarem a quase zero. Com a retomada da atividade econômica, a produção não está conseguindo atender a demanda, ocasionando falta de derivados e levando à elevação dos preços desses itens. Daí o risco de desabastecimento", avaliou.
Apesar do alerta do ministro e dos especialistas, não há sinais de falta de combustíveis em postos do Distrito Federal. Até o presente momento, não estou sabendo disso", informou Francinaldo Veras, gerente do posto Auto Shopping Derivados de Petróleo, no Gama Leste.
Willer Santana dos Santos, 30 anos, gerente do Ipiranga Rede Auto shopping, em Valparaíso (GO), também indicou não haver falta de combustíveis no local, onde as bombas marcam R$ 7,29 pelo litro da gasolina e R$ 5,69 pelo litro do diesel. "No momento, não falaram nada", disse, a respeito do risco de falta dos produtos.
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, alertou para o risco de desabastecimento de combustíveis, ao defender a política de preços da Petrobras, que prevê paridade com os valores do barril de petróleo no mercado internacional e o dólar. "Temos de ter preocupação grande com o desabastecimento. A importação leva, no mínimo, 90 dias. Cerca de 20% do mercado não é da Petrobras. Mudar qualquer coisa tem que ser com critério, transparência e governança", disse o ministro, em depoimento na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI).
Albuquerque revelou que, para conter a volatilidade dos preços, o governo estuda a criação do que chamou de "colchão tributário", e de "reserva estabilizadora". Segundo ele, o mecanismo permitiria que, ao longo do tempo, as variações dos preços do petróleo fossem compensadas de alguma forma. "Isso seria usado quando houvesse uma volatilidade muito grande", afirmou o ministro. Ele não informou quando as medidas serão anunciadas, nem qual será o impacto dessas ações.
Segundo o ministro, está em avaliação, ainda, reduzir impostos federais, mas ressaltou que para isso, é necessária uma compensação.
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Segundo o economista Otto Nogami, professor de economia do Insper, com o isolamento social em 2020, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a produção para manter o preço do produto. "Isso fez os estoques mundiais chegarem a quase zero. Com a retomada da atividade econômica, a produção não está conseguindo atender a demanda, ocasionando falta de derivados e levando à elevação dos preços desses itens. Daí o risco de desabastecimento", avaliou.
Apesar do alerta do ministro e dos especialistas, não há sinais de falta de combustíveis em postos do Distrito Federal. Até o presente momento, não estou sabendo disso", informou Francinaldo Veras, gerente do posto Auto Shopping Derivados de Petróleo, no Gama Leste.
Willer Santana dos Santos, 30 anos, gerente do Ipiranga Rede Auto shopping, em Valparaíso (GO), também indicou não haver falta de combustíveis no local, onde as bombas marcam R$ 7,29 pelo litro da gasolina e R$ 5,69 pelo litro do diesel. "No momento, não falaram nada", disse, a respeito do risco de falta dos produtos.