Alexandre Motta de Souza, policial civil pego com 117 fuzis incompletos pertencentes ao sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, teve a prisão preventiva revogada pela Justiça na quinta-feira (6) e foi solto no sábado (8) no Rio de Janeiro. Lessa é réu no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março do ano passado.

A soltura veio com a decisão da  juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Rio, de acolher parecer do Ministério Público favorável à soltura de Souza. Segundo os policiais, Souza “demonstrou surpresa e desespero com o que havia dentro” das caixas e disse não saber ali havia peças de fuzis. Lessa confirmou a declaração em depoimento dado na última quinta-feira sobre posse sem autorização de arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito.

Apesar das armas estarem incompletas, a apreensão, realizada em março, se trata da maior de fuzis da história do Rio, segundo Marcos Vinícius Braga, secretário de Polícia Civil. Na sexta-feira (7), Lessa participou de sua primeira audiência de instrução e julgamento sobre o caso Marielle, que corre em segredo de Justiça. Vizinho de Bolsonaro, Lessa utilizava a foto do presidente em sua conta no WhatsApp.