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Líderes indígenas e representantes de outras comunidades amazônicas estão reunidos desde terça-feira no estado de Mato Grosso, para formar uma união sagrada contra a política ambiental do Presidente brasileiro.
Estes responsáveis acusam o Governo de ameaçar o modo de vida dos nativos com as suas políticas, em particular através de uma lei com a qual se pretende autorizar atividades de mineração em terras reservadas para os nativos.
"O nosso objetivo era unir forças e denunciar um projeto político do Governo brasileiro de genocídio, etnocídio e ecocídio que está em andamento", pode ler-se no projeto de manifesto elaborado no final da reunião, aprovado durante a noite.
O Presidente Jair Bolsonaro "ameaça os nossos direitos, a nossa saúde e o nosso território", sublinha-se no texto, que foi lido em português e depois nas diferentes línguas indígenas da "casa dos homens" de Piaraçu, uma localidade afastada dos grandes centros urbanos, localizada nas margens do rio Xingu, no meio da floresta.
"Não aceitamos a mineração nas nossas terras, madeireiros, pescadores ilegais ou hidroeletricidade. Somos contra qualquer coisa que destrua a floresta", acrescenta-se no documento.
Os líderes indígenas também lamentaram que "ameaças e discursos de ódio do Governo incentivem a violência contra os povos indígenas e os assassínios dos (...) líderes" e exigem "punição para aqueles que matam" os seus "entes queridos".
Os nativos enfrentam "não apenas o Governo, mas também a violência de uma parte inteira da sociedade que expressa claramente o seu racismo", denunciam.
Em 2019, pelo menos oito líderes indígenas foram assassinados, três deles em menos de uma semana.
O chefe Raoni, de 89 anos, pretende levar o manifesto ao Congresso em Brasília, pessoalmente.
Na quinta-feira, as lideranças indígenas brasileiras já tinham lançado uma aliança de oposição às políticas ambientais defendidas pelo Governo.
"Estamos vivendo um momento dramático, quase uma situação de guerra", disse então a coordenadora da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara, durante a reunião.
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Líderes indígenas e representantes de outras comunidades amazônicas estão reunidos desde terça-feira no estado de Mato Grosso, para formar uma união sagrada contra a política ambiental do Presidente brasileiro.
Estes responsáveis acusam o Governo de ameaçar o modo de vida dos nativos com as suas políticas, em particular através de uma lei com a qual se pretende autorizar atividades de mineração em terras reservadas para os nativos.
"O nosso objetivo era unir forças e denunciar um projeto político do Governo brasileiro de genocídio, etnocídio e ecocídio que está em andamento", pode ler-se no projeto de manifesto elaborado no final da reunião, aprovado durante a noite.
O Presidente Jair Bolsonaro "ameaça os nossos direitos, a nossa saúde e o nosso território", sublinha-se no texto, que foi lido em português e depois nas diferentes línguas indígenas da "casa dos homens" de Piaraçu, uma localidade afastada dos grandes centros urbanos, localizada nas margens do rio Xingu, no meio da floresta.
"Não aceitamos a mineração nas nossas terras, madeireiros, pescadores ilegais ou hidroeletricidade. Somos contra qualquer coisa que destrua a floresta", acrescenta-se no documento.
Os líderes indígenas também lamentaram que "ameaças e discursos de ódio do Governo incentivem a violência contra os povos indígenas e os assassínios dos (...) líderes" e exigem "punição para aqueles que matam" os seus "entes queridos".
Os nativos enfrentam "não apenas o Governo, mas também a violência de uma parte inteira da sociedade que expressa claramente o seu racismo", denunciam.
Em 2019, pelo menos oito líderes indígenas foram assassinados, três deles em menos de uma semana.
O chefe Raoni, de 89 anos, pretende levar o manifesto ao Congresso em Brasília, pessoalmente.
Na quinta-feira, as lideranças indígenas brasileiras já tinham lançado uma aliança de oposição às políticas ambientais defendidas pelo Governo.
"Estamos vivendo um momento dramático, quase uma situação de guerra", disse então a coordenadora da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara, durante a reunião.