Neste dia, há exatos 60 anos, o Brasil testemunhava um dos eventos políticos mais marcantes de sua história recente: o comício na Central do Brasil, que se tornou um dos precursores da queda do presidente João Goulart, popularmente conhecido como Jango.

Naquela data histórica, Jango, então presidente do país, convocou seus apoiadores para o comício, buscando mobilizar a população em defesa de suas propostas de reformas sociais e econômicas, conhecidas como "reformas de base".

O evento atraiu uma multidão de simpatizantes de Jango, mas também despertou a ira e a preocupação de setores conservadores da sociedade, incluindo militares, empresários e parte da classe média, que viam com desconfiança as propostas reformistas do governo.

O clima no comício era tenso, com manifestações pró e contra Jango ocorrendo simultaneamente. Discursos inflamados ecoavam entre os presentes, refletindo a profunda divisão política que assolava o país naquele momento crucial de sua história.

No entanto, o comício na Central do Brasil não foi apenas um evento isolado, mas sim um marco que antecedeu o golpe militar que se concretizaria pouco mais de duas semanas depois, em 31 de março de 1964. O episódio na Central do Brasil serviu como combustível para os setores contrários a Jango, que se sentiram ainda mais ameaçados pela crescente mobilização popular em torno das reformas de base.

O golpe militar de 1964 mergulhou o Brasil em um período sombrio de autoritarismo, censura e violações dos direitos humanos, que duraria mais de duas décadas. João Goulart foi deposto do cargo, exilando-se no Uruguai, e uma junta militar assumiu o controle do país.

Seis décadas após o comício na Central do Brasil, o evento continua a ser lembrado como um momento crucial na história do Brasil, um símbolo das lutas políticas e sociais que moldaram o país e suas instituições.

 

fonte:Brasil247