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Em meio ao turbilhão de pautas antirracistas que passaram a dominar o noticiário, um grupo anônimo de internautas recebe e publica denúncias de estudantes universitários de visual branco que teriam sido beneficiados por cotas destinadas a pessoas de baixa renda negras ou indígenas. Coincidentemente, a maior parte dos perfis expostos na conta "Fraudadores de cotas" é de estudantes de medicina. O movimento gerou uma legião de mais de 100 mil seguidores em menos de 24 horas no Twitter.
A iniciativa nasceu no Instagram e se dedicou a expor as contas pessoais de universitários do Rio de Janeiro que já ingressaram em seus cursos, junto ao nome da universidade, documento parcial da aprovação com logo da instituição de ensino, classificação da pessoa no processo seletivo com e sem o auxílio da cota e o tipo de ação afirmativa em que a pessoa optou se enquadrar - a maior parte por cor de pele associado à condição financeira. Cursos de medicina e engenharias são os mais envolvidos na exposição. As postagens com mais engajamento são aquelas em que nomes dos estudantes indica origens europeias, a exemplo de sobrenomes italianos e eslavos, cujos detentores se declararam negros.
A denúncia é contemplada com fotos publicada pelos próprios denunciados em suas redes sociais - que incluem viagens, passeios de lancha e hospedagens em hotéis de luxo. As postagens são acompanhadas de instruções para denúncias junto à ouvidoria de cada universidade, com o incentivo de tipificação por fraude. A conta acabou suspensa na rede social e nesta quarta-feira (3/6), migrou para a rede mundial de microblogs e passou a incentivar denúncias de outros estados.
A conta segue poucos perfis, o principal deles é justamente o do Conselho Federal de Medicina. Em destaque entre seus conteúdos propostos, está o link para denúncia do Ministério Público Federal, junto à mensagem: "Denunciem ao Ministério Público para que as Universidades se movam!".
A iniciativa mobilizou internautas das mais diferentes esferas e chegou a incomodar pessoas famosas, a exemplo da apresentadora e atriz Maísa. "Tê vendo esse bagulho das fraudes de cotas e eu fiquei pensando (nunca prestei vestibular, ok?): ninguém confere se a pessoa é mesmo o que diz? Tô perguntando na inocência mesmo, achei que tivesse que apresentar documento, como pedem no Enem, né?", declarou.
Com denúncias anônimas, o perfil não expõem comprovante de autenticidade dos documentos, o que caberia às autoridades de investigação. O próprio perfil também se posiciona alegando se responsabilizar apenas pelos conteúdos divulgados em seu mural, não por denúncias lateriais que o mencionem ou contas que repliquem a iniciativa.
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Em meio ao turbilhão de pautas antirracistas que passaram a dominar o noticiário, um grupo anônimo de internautas recebe e publica denúncias de estudantes universitários de visual branco que teriam sido beneficiados por cotas destinadas a pessoas de baixa renda negras ou indígenas. Coincidentemente, a maior parte dos perfis expostos na conta "Fraudadores de cotas" é de estudantes de medicina. O movimento gerou uma legião de mais de 100 mil seguidores em menos de 24 horas no Twitter.
A iniciativa nasceu no Instagram e se dedicou a expor as contas pessoais de universitários do Rio de Janeiro que já ingressaram em seus cursos, junto ao nome da universidade, documento parcial da aprovação com logo da instituição de ensino, classificação da pessoa no processo seletivo com e sem o auxílio da cota e o tipo de ação afirmativa em que a pessoa optou se enquadrar - a maior parte por cor de pele associado à condição financeira. Cursos de medicina e engenharias são os mais envolvidos na exposição. As postagens com mais engajamento são aquelas em que nomes dos estudantes indica origens europeias, a exemplo de sobrenomes italianos e eslavos, cujos detentores se declararam negros.
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A conta segue poucos perfis, o principal deles é justamente o do Conselho Federal de Medicina. Em destaque entre seus conteúdos propostos, está o link para denúncia do Ministério Público Federal, junto à mensagem: "Denunciem ao Ministério Público para que as Universidades se movam!".
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Com denúncias anônimas, o perfil não expõem comprovante de autenticidade dos documentos, o que caberia às autoridades de investigação. O próprio perfil também se posiciona alegando se responsabilizar apenas pelos conteúdos divulgados em seu mural, não por denúncias lateriais que o mencionem ou contas que repliquem a iniciativa.