O general Joaquim Silva e Luna, que preside a Petrobrás, disse, em entrevista ao jornalista Manoel Ventura, publicada no Globo, que não irá mudar a política de preços da Petrobrás – uma das principais causas da inflação brasileira, que já supera dois dígitos. "A quantidade de refino que a Petrobras faz e outras refinarias fazem não abastece o nosso mercado. Da ordem de 30% do diesel e um pouco mais da gasolina dependem de importação. Se esse preço for praticado artificialmente, represado, vai haver desabastecimento no mercado. Isso é uma coisa grave e séria que a gente tem que estar atento. Os valores precisam permitir que haja a importação do combustível", afirmou.

Silva e Luna, no entanto, falou na criação de um fundo para apoiar os caminhoneiros. "Há uma ideia de criar um colchão de amortecimento. Esse valor viria dos tributos pagos pela Petrobras, que permitam formar um colchão, um fundo, capaz de fazer essa suavização (dos preços). Quando tiver redução ou aumento do combustível, regula isso para não passar diretamente para a população. Isso é importante particularmente para os caminhoneiros, que fazem seus contratos e durante a execução daquele contrato tem alteração", disse ele.