Acuada com os escândalos divulgados pelo site Intercept Brasil sobre a Lava Jato, a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro no julgamento dos processos da operação em primeira instância, afirmou que, se alguma conversa dela for divulgada, vai processar criminalmente os responsáveis; diálogos dela com Moro podem ser fatal para o atual ministro da Justiça

 

Curitiba - Acuada com os escândalos divulgados pelo site Intercept Brasil, a juíza federal Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro no julgamento dos processos em primeira instância jurídica da Operação Lava Jato, afirmou que, se alguma conversa dela for divulgada, vai processar criminalmente os responsáveis. De acordo com Robson Bonin, da coluna Radar da Veja, a magistrada já tem comentado com colegas que irá processar quem divulgar conversas suas obtidas ilegalmente com base na lei 9.296/96 que trata das interceptações.

O Artigo 10 dessa lei diz que "constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo de justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei".

A defesa de Lula utilizou o mesmo artigo para pedir o afastamento de Moro do caso Lula por grampos ilegais contra o ex-presidente e seus advogados.

Segundo a coluna publicada nesta sexta-feira 14 pelo jornalista Ricardo Noblat, o maior perigo para Moro são suas conversas com Gabriela Hardt e com o desembargador João Pedro Gebran Neto. Ela chegou a copiar a sentença do triplex para o processo do sítio de Atibaia (SP). 

O Intercept divulgou trechos de conversas entre Moro e procuradores demonstrando que o ex-magistrado tentava interferir na atuação do Ministério Público Federal (MPF-PR) orientando a ordem de operações e dando conselhos.