PEC EMERGENCIAL


A União dos Policiais do Brasil (UPB), que representa entidades de policiais de vários segmentos do país e é formada por ao menos 24 instituições da área de segurança pública, protestou em Brasília na quarta-feira (17/3) contra a PEC Emergencial que, em um de seus pontos, congela salários de servidores e proíbe a contratação de novos funcionários. A carreata ocupou o estacionamento do estádio Mané Garrincha, na capital federal, seguindo até a Esplanada dos Ministérios. A mobilização abre caminho para ato público marcado para a próxima segunda-feira (22), com servidores das categorias de todos os estados em cada uma das unidades de trabalho.

Outro ponto reivindicado pelas corporações é a desvalorização das categorias, principalmente por estarem trabalhando durante a pandemia, na linha de frente, com ações de combate à Covid-19. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), entre setembro e dezembro de 2020, o total de mortos pela vírus dentro da PF chegou a 65%.

"O governo precisa tratar bem aqueles que estão garantindo a segurança e a ordem durante esse período de pandemia, nos priorizando na vacinação diante dos grandes índices de contaminação aos quais estamos submetidos", explica o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), Rafael Sampaio.

As forças de segurança afirmam estarem decepcionadas com o presidente Jair Bolsonaro, que poupou somente as progressões e promoções de carreira na PEC emergencial.

"A eleição do presidente Jair Bolsonaro gerou uma expectativa dentre os profissionais de segurança pública, achávamos que a categoria seria mais valorizada visto todo o trabalho que desenvolvemos. Atualmente, estamos frustrados diante das sucessivas perdas de direitos. Um exemplo é a reforma da Previdência, somente o regime especial de Previdência para os militares foi preservado", relata o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Marcelo Azevedo.