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No último sábado (11), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o surgimento de uma nova subvariante da Ômicron no Amazonas, que seria responsável pelo recente aumento do número de casos no estado. De acordo com o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica, o Amazonas tem sido um território sentinela de monitoramento da Covid-19
“A subvariante recém-descoberta é chamada de BE.9. Gräf, que analisou os resultados encontrados pela equipe do virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, explicou que os casos de Covid-19 no estado do Norte do país estavam em ascensão desde metade de outubro e subiram de uma média móvel de cerca de 230 casos por semana para cerca de mil. Para investigar o que estaria causando esse ressurgimento da doença no Amazonas, a equipe de Naveca sequenciou mais de 200 genomas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) de setembro e outubro e assim identificou a nova variante.
Segundo o pesquisador da Fiocruz Amazonas, um dos fatores que facilita a identificação de novas variantes é que o estado tem a maior cobertura de sequenciamento do SARS-CoV-2 do Brasil, em função do número de casos confirmados.
A BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, é uma Ômicron da linhagem BA.5. Felipe Naveca afirmou que, em função das mutações encontradas na BA.5.3.1 do Amazonas, foi solicitado ao comitê responsável pela classificação das linhagens, o Pangolin, do Reino Unido, que fosse criada uma designação própria para essa subvariante. Ela compartilharia algumas das mesmas mutações da Bq.1, mas não parece provocar aumento dos casos graves de Covid-19, ao menos até o momento.
Segundo Tiago Gräf, “a BE.9 e a BQ.1.1 têm suas diferenças em outras regiões do genoma, mas na Spike (proteína usada para infectar as células) são muito similares. É por isso que é muito importante que monitoremos de perto a BE.9, pois já vimos que ela fez ressurgir a Covid-19 no Amazonas e não sabemos se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil”.
Os pesquisadores da Fiocruz se mantêm otimistas, já que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de mortes por Covid não parecem estar aumentando significativamente pela BQ.1.1 (conforme dados internacionais) e nem pela BE.9. “No Amazonas, por exemplo, apesar do aumento no número de casos, a onda causada pela BE.9 é menor que a da BA.5 e muito menor que a da BA.1. O mesmo se observa para as hospitalizações por SRAG. No Amazonas a onda da BE.9 parece já ter atingido seu auge e deve começar a diminuir em breve”, disse Gräf.
(*) Com Agência Fiocruz de Notícias.
Fonte:Hoje Em Dia
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No último sábado (11), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o surgimento de uma nova subvariante da Ômicron no Amazonas, que seria responsável pelo recente aumento do número de casos no estado. De acordo com o pesquisador Tiago Gräf, da Rede Genômica, o Amazonas tem sido um território sentinela de monitoramento da Covid-19
“A subvariante recém-descoberta é chamada de BE.9. Gräf, que analisou os resultados encontrados pela equipe do virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, explicou que os casos de Covid-19 no estado do Norte do país estavam em ascensão desde metade de outubro e subiram de uma média móvel de cerca de 230 casos por semana para cerca de mil. Para investigar o que estaria causando esse ressurgimento da doença no Amazonas, a equipe de Naveca sequenciou mais de 200 genomas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) de setembro e outubro e assim identificou a nova variante.
Segundo o pesquisador da Fiocruz Amazonas, um dos fatores que facilita a identificação de novas variantes é que o estado tem a maior cobertura de sequenciamento do SARS-CoV-2 do Brasil, em função do número de casos confirmados.
A BE.9 é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, é uma Ômicron da linhagem BA.5. Felipe Naveca afirmou que, em função das mutações encontradas na BA.5.3.1 do Amazonas, foi solicitado ao comitê responsável pela classificação das linhagens, o Pangolin, do Reino Unido, que fosse criada uma designação própria para essa subvariante. Ela compartilharia algumas das mesmas mutações da Bq.1, mas não parece provocar aumento dos casos graves de Covid-19, ao menos até o momento.
Segundo Tiago Gräf, “a BE.9 e a BQ.1.1 têm suas diferenças em outras regiões do genoma, mas na Spike (proteína usada para infectar as células) são muito similares. É por isso que é muito importante que monitoremos de perto a BE.9, pois já vimos que ela fez ressurgir a Covid-19 no Amazonas e não sabemos se ela poderá fazer o mesmo no resto do Brasil”.
Os pesquisadores da Fiocruz se mantêm otimistas, já que o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e de mortes por Covid não parecem estar aumentando significativamente pela BQ.1.1 (conforme dados internacionais) e nem pela BE.9. “No Amazonas, por exemplo, apesar do aumento no número de casos, a onda causada pela BE.9 é menor que a da BA.5 e muito menor que a da BA.1. O mesmo se observa para as hospitalizações por SRAG. No Amazonas a onda da BE.9 parece já ter atingido seu auge e deve começar a diminuir em breve”, disse Gräf.
(*) Com Agência Fiocruz de Notícias.
Fonte:Hoje Em Dia