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string(3400) "O faxineiro Edmilson Costa de Oliveira, 33, foi impedido de usar o elevador social pela coordenadora-geral de Planejamento e Administração da Biblioteca Nacional, Tânia Pacheco, que teria dito para ele usar o elevador de serviço, cujas paredes são revestidas. Edmilson alega ter sido alvo de racismo e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Em entrevista aos jornalistas Silvia Ribeiro e Marcela Lemos, do UOL, Edmilson contou que abordagem racista aconteceu pouco após ele acabar de limpar s banheiros do prédio e se tentar pegar o elevador para cumprir sua última tarefa.
“Tinha acabado de sair [da limpeza] do banheiro para fazer minha última tarefa de serviço. Foi quando eu entrei no elevador. Estava no térreo, ia para o segundo andar para pegar o elevador até o armazém dos livros. Entrei e escutei uma voz: 'Ei, ei, psiu, psiu, sai, sai, sai.' Eu achei que não era comigo. 'Está falando comigo? Para eu sair do elevador?' 'Você mesmo. Sai, sai, sai. Bora! Seu elevador é o outro. Você não pode usar esse elevador aí não”, disse.
“Eu questionei: 'Por que você está me tirando do elevador? Eu sou diferente de algumas das pessoas aqui? Eu sou diferente de você que eu não possa usufruir desse elevador? Pelo que sei, aqui só não pode subir com materiais [de limpeza]'.E ela [Tânia Pacheco]: 'Não, você tem de usar o outro elevador, esse elevador não é o seu'. 'Mas como assim? Eu estou aqui há oito meses. Nunca aconteceu isso comigo.' Ela mandando eu sair aos gritos, ofensas, com gestos abusivos. Fiquei sem chão. Foi um constrangimento muito, muito sério. Cheguei até a passar mal. Isso não é admissível, ainda mais para uma chefe de trabalho. Eu sou negro, sou de família negra. Minha esposa é negra. Isso aí é inadmissível. [...] Na minha cabeça, [Tânia Pacheco falou para usar o outro elevador] porque ele tem proteção nas paredes, para não sujar. Eu fui discriminado, levei como racismo pela minha cor e pelo uniforme que eu estava usando”, relatou Edmilson.
Edmilson, que mora no Engenho Novo, subúrbio do Rio de janeiro, é casado e pai de uma filha. De origem humilde, estudou até a 8ª série e trabalhou na construção civil, além de vender água e churrasco em uma barraca na praia. Na época do episódio, no dia 10 de janeiro, ele estava cumprindo aviso prévio na Riolimp, uma empresa terceirizada que presta serviços para a Biblioteca Nacional. Após o incidente, a empresa determinou que o período restante fosse completado em uma faculdade da Baixada Fluminense.
Em nota, a Biblioteca Nacional negou que tenha ocorrido qualquer ato discriminatório nas dependências da instituição.
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Em entrevista aos jornalistas Silvia Ribeiro e Marcela Lemos, do UOL, Edmilson contou que abordagem racista aconteceu pouco após ele acabar de limpar s banheiros do prédio e se tentar pegar o elevador para cumprir sua última tarefa.
“Tinha acabado de sair [da limpeza] do banheiro para fazer minha última tarefa de serviço. Foi quando eu entrei no elevador. Estava no térreo, ia para o segundo andar para pegar o elevador até o armazém dos livros. Entrei e escutei uma voz: 'Ei, ei, psiu, psiu, sai, sai, sai.' Eu achei que não era comigo. 'Está falando comigo? Para eu sair do elevador?' 'Você mesmo. Sai, sai, sai. Bora! Seu elevador é o outro. Você não pode usar esse elevador aí não”, disse.
“Eu questionei: 'Por que você está me tirando do elevador? Eu sou diferente de algumas das pessoas aqui? Eu sou diferente de você que eu não possa usufruir desse elevador? Pelo que sei, aqui só não pode subir com materiais [de limpeza]'.E ela [Tânia Pacheco]: 'Não, você tem de usar o outro elevador, esse elevador não é o seu'. 'Mas como assim? Eu estou aqui há oito meses. Nunca aconteceu isso comigo.' Ela mandando eu sair aos gritos, ofensas, com gestos abusivos. Fiquei sem chão. Foi um constrangimento muito, muito sério. Cheguei até a passar mal. Isso não é admissível, ainda mais para uma chefe de trabalho. Eu sou negro, sou de família negra. Minha esposa é negra. Isso aí é inadmissível. [...] Na minha cabeça, [Tânia Pacheco falou para usar o outro elevador] porque ele tem proteção nas paredes, para não sujar. Eu fui discriminado, levei como racismo pela minha cor e pelo uniforme que eu estava usando”, relatou Edmilson.
Edmilson, que mora no Engenho Novo, subúrbio do Rio de janeiro, é casado e pai de uma filha. De origem humilde, estudou até a 8ª série e trabalhou na construção civil, além de vender água e churrasco em uma barraca na praia. Na época do episódio, no dia 10 de janeiro, ele estava cumprindo aviso prévio na Riolimp, uma empresa terceirizada que presta serviços para a Biblioteca Nacional. Após o incidente, a empresa determinou que o período restante fosse completado em uma faculdade da Baixada Fluminense.
Em nota, a Biblioteca Nacional negou que tenha ocorrido qualquer ato discriminatório nas dependências da instituição.