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Os casos de dengue aumentaram 599,5% de 30 de dezembro a 24 de agosto em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.439.471 ocorrências da doença em todo o país nos primeiros oito meses de 2019, com uma média diária de 6.074 casos. Até o momento, houve 591 mortes confirmadas pela doença e 486 estão sendo investigados. Minas Gerais é o estado com mais mortes notificadas, 117, seguido de Goiás e São Paulo, com 94 e 90, respectivamente. Apenas o Amazonas e o Amapá apresentaram queda na prevalência da dengue no período inspecionado.
Esse crescimento fez com que a pasta antecipasse a campanha de conscientização contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, para este mês. Todo ano, o alerta é feito nos meses mais chuvosos e na chegada do verão. A peça publicitária aconselha a população a manter os cuidados de prevenção — evitar água parada em recipientes, como vasos, pratos de animais — mesmo durante o período de seca.
Médico epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, Pedro Luiz Tauil explica que o aumento da incidência de dengue tem relação com um sorotipo do vírus que entrou no país por vias internacionais. “Existem quatro formas de o vírus se manifestar, são semelhantes, mas não iguais, e podem produzir doenças independentes.” Ele explica que quem pegou a doença por meio de um dos sorotipos não está imune aos outros tipos de vírus.
Gravidade
“Não temos vacina para uso de massa e não podemos proibir pessoas com a doença de entrar no país. Enquanto não tivermos métodos de proteção individual, vacinas seguras e eficazes e não fizermos um controle efetivo do mosquito vetor, conviveremos com essa doença”, disse o epidemiologista. Tauil completou que esse sorotipo que está percorrendo o país é o mais grave dos quatro.
Também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya teve aumento de mais de 15% comparado ao mesmo período de 2018. Porém, o vírus teve uma menor incidência no país do que a dengue, com 110.627 casos provados, de 30 de dezembro a 24 de agosto. Já foram confirmadas por meio de laudo laboratorial 57 mortes pelo vírus. A doença esteve mais presente nas regiões Sudeste e Nordeste, com destaque para o Rio de Janeiro, que registrou mais de 76 mil casos.
A zika, por sua vez, apresentou registro, até 10 de agosto, de 9.813 casos prováveis e duas mortes na Paraíba. As regiões que mais tiveram incidências foram Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas e Espírito Santo. A transmissão da doença pode ocorrer por meio de picada, relação sexual ou durante a gravidez, da mãe para o feto. Em gestantes, foram registrados 1.649 casos, com 447 confirmados.
Sem fronteira
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (11/9) que o uso de aeronaves para pulverização de inseticida para combater o mosquito transmissor da dengue depende de autorização prévia dos órgãos sanitários e ambientais competentes. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), questionando a legalidade de dispositivos da Lei nº 13.301/16, que disciplinou as medidas a serem tomadas para combater o Aedes aegypti, inseto transmissor do vírus da dengue, da chikungunha e da zika. A procuradoria sustentou que não há comprovação científica de que a pulverização aérea seja eficaz. Além disso, a PGR alegou que a dispersão por meio de aeronaves pode colocar a saúde da população em risco e provocar efeitos nocivos ao meio ambiente.
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Os casos de dengue aumentaram 599,5% de 30 de dezembro a 24 de agosto em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.439.471 ocorrências da doença em todo o país nos primeiros oito meses de 2019, com uma média diária de 6.074 casos. Até o momento, houve 591 mortes confirmadas pela doença e 486 estão sendo investigados. Minas Gerais é o estado com mais mortes notificadas, 117, seguido de Goiás e São Paulo, com 94 e 90, respectivamente. Apenas o Amazonas e o Amapá apresentaram queda na prevalência da dengue no período inspecionado.
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Médico epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, Pedro Luiz Tauil explica que o aumento da incidência de dengue tem relação com um sorotipo do vírus que entrou no país por vias internacionais. “Existem quatro formas de o vírus se manifestar, são semelhantes, mas não iguais, e podem produzir doenças independentes.” Ele explica que quem pegou a doença por meio de um dos sorotipos não está imune aos outros tipos de vírus.
Gravidade
“Não temos vacina para uso de massa e não podemos proibir pessoas com a doença de entrar no país. Enquanto não tivermos métodos de proteção individual, vacinas seguras e eficazes e não fizermos um controle efetivo do mosquito vetor, conviveremos com essa doença”, disse o epidemiologista. Tauil completou que esse sorotipo que está percorrendo o país é o mais grave dos quatro.
Também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a chikungunya teve aumento de mais de 15% comparado ao mesmo período de 2018. Porém, o vírus teve uma menor incidência no país do que a dengue, com 110.627 casos provados, de 30 de dezembro a 24 de agosto. Já foram confirmadas por meio de laudo laboratorial 57 mortes pelo vírus. A doença esteve mais presente nas regiões Sudeste e Nordeste, com destaque para o Rio de Janeiro, que registrou mais de 76 mil casos.
A zika, por sua vez, apresentou registro, até 10 de agosto, de 9.813 casos prováveis e duas mortes na Paraíba. As regiões que mais tiveram incidências foram Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas e Espírito Santo. A transmissão da doença pode ocorrer por meio de picada, relação sexual ou durante a gravidez, da mãe para o feto. Em gestantes, foram registrados 1.649 casos, com 447 confirmados.
Sem fronteira
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (11/9) que o uso de aeronaves para pulverização de inseticida para combater o mosquito transmissor da dengue depende de autorização prévia dos órgãos sanitários e ambientais competentes. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), questionando a legalidade de dispositivos da Lei nº 13.301/16, que disciplinou as medidas a serem tomadas para combater o Aedes aegypti, inseto transmissor do vírus da dengue, da chikungunha e da zika. A procuradoria sustentou que não há comprovação científica de que a pulverização aérea seja eficaz. Além disso, a PGR alegou que a dispersão por meio de aeronaves pode colocar a saúde da população em risco e provocar efeitos nocivos ao meio ambiente.