array(31) {
["id"]=>
int(117195)
["title"]=>
string(71) "Desmatamento se mantém durante pandemia; extração de madeira aumenta"
["content"]=>
string(3694) "LEVANTAMENTO
Com 1.204 km2 de áreas desmatadas, o primeiro trimestre de 2020 apresentou uma queda de 5,4% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período de 2019, que somava 1.273 km2, conforme o sistema Deter de monitoramento por satélite, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Pesquisadores e ambientalistas temiam uma explosão dos alertas de desmatamento durante a pandemia, já que a contenção do contágio e o afastamento de fiscais no grupo de risco teriam diminuído as operações de fiscalização.
No entanto, o registro dos alertas do Deter/Inpe não confirma uma tendência de explosão, apesar de indicar um número mais alto em março: 357,9 km2. A área agregada pelo Deter em fevereiro era de 278 km2. Em março de 2019, no entanto, a área flagrada com desmatamento chegava a 820,9 km2.
O que aumentou em 2020 foi a participação da exploração de madeira entre os vetores do desmatamento: ela é responsável por 20,4% do desmatamento neste ano.
O corte seletivo de espécies, que marca a exploração madeireira, foi responsável por 246,8 km2 do total do desmatamento observado na região neste primeiro trimestre.
O número é 133% maior do que o mesmo período de 2019, quando o corte seletivo abrangia 106 km2, representando apenas 8,3% do total de desmatamento para o primeiro trimestre daquele ano.
Neste ano, a participação de 20,4% do corte seletivo no total de desmatamento do trimestre só perde para o desmatamento com solo exposto, que compõe 63% do total do trimestre, com 761,4 km2 de área desmatada.
Desde 2015 o corte seletivo não aparecia entre os três principais vetores de desmatamento - causado principalmente por queimadas, incêndios e por desmatamento com o solo exposto, ligado à grilagem de terras.
O aumento da participação da exploração madeireira entre os vetores de desmatamento acontece após uma série de decisões do governo federal sobre a atividade.
Desde novembro, a fiscalização do Ibama passou a enfrentar dificuldades para exigir a documentação que comprova a origem legal da madeira retirada da Amazônia, após uma decisão emitida pelo presidente do órgão, Eduardo Fortunato Bim, de que o comprador não poderia ser responsabilizado por documentação fraudulenta da origem da madeira.
Em outra decisão, também foi anulada uma regra que exigia a autorização do Ibama para a exportação de madeira. Na última semana, uma reportagem da Reuters revelou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, demitiu um analista que era contrário à anulação.
A reportagem procurou as assessorias de imprensa do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, que não retornaram até a conclusão deste texto.
"
["author"]=>
string(10) "FolhaPress"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(563936)
["filename"]=>
string(12) "madeiras.jpg"
["size"]=>
string(6) "104279"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(5) "nova/"
}
["image_caption"]=>
string(37) "Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil"
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(0) ""
["author_slug"]=>
string(10) "folhapress"
["views"]=>
int(77)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(67) "desmatamento-se-mantem-durante-pandemia-extracao-de-madeira-aumenta"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(460)
["name"]=>
string(6) "Brasil"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(0) ""
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(6) "brasil"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-04-11 15:16:07.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2020-04-13 00:07:16.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2020-04-11T15:20:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(17) "nova/madeiras.jpg"
}
LEVANTAMENTO
Com 1.204 km2 de áreas desmatadas, o primeiro trimestre de 2020 apresentou uma queda de 5,4% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período de 2019, que somava 1.273 km2, conforme o sistema Deter de monitoramento por satélite, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Pesquisadores e ambientalistas temiam uma explosão dos alertas de desmatamento durante a pandemia, já que a contenção do contágio e o afastamento de fiscais no grupo de risco teriam diminuído as operações de fiscalização.
No entanto, o registro dos alertas do Deter/Inpe não confirma uma tendência de explosão, apesar de indicar um número mais alto em março: 357,9 km2. A área agregada pelo Deter em fevereiro era de 278 km2. Em março de 2019, no entanto, a área flagrada com desmatamento chegava a 820,9 km2.
O que aumentou em 2020 foi a participação da exploração de madeira entre os vetores do desmatamento: ela é responsável por 20,4% do desmatamento neste ano.
O corte seletivo de espécies, que marca a exploração madeireira, foi responsável por 246,8 km2 do total do desmatamento observado na região neste primeiro trimestre.
O número é 133% maior do que o mesmo período de 2019, quando o corte seletivo abrangia 106 km2, representando apenas 8,3% do total de desmatamento para o primeiro trimestre daquele ano.
Neste ano, a participação de 20,4% do corte seletivo no total de desmatamento do trimestre só perde para o desmatamento com solo exposto, que compõe 63% do total do trimestre, com 761,4 km2 de área desmatada.
Desde 2015 o corte seletivo não aparecia entre os três principais vetores de desmatamento - causado principalmente por queimadas, incêndios e por desmatamento com o solo exposto, ligado à grilagem de terras.
O aumento da participação da exploração madeireira entre os vetores de desmatamento acontece após uma série de decisões do governo federal sobre a atividade.
Desde novembro, a fiscalização do Ibama passou a enfrentar dificuldades para exigir a documentação que comprova a origem legal da madeira retirada da Amazônia, após uma decisão emitida pelo presidente do órgão, Eduardo Fortunato Bim, de que o comprador não poderia ser responsabilizado por documentação fraudulenta da origem da madeira.
Em outra decisão, também foi anulada uma regra que exigia a autorização do Ibama para a exportação de madeira. Na última semana, uma reportagem da Reuters revelou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, demitiu um analista que era contrário à anulação.
A reportagem procurou as assessorias de imprensa do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente, que não retornaram até a conclusão deste texto.