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Compras on-line põem férias em risco

09/07/2018 00h00 - Atualizado em 21/03/2019 12h35 por Admin


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Tatiana Moraes
tmoraes@hojeemdia.com.br

As fraudes pela internet podem jogar um balde de água fria nas férias de julho. No mês, o número de consumidores afetados por golpes tende a aumentar devido às negociações on-line de pacotes de viagens. Formalizar detalhes de imóveis alugados ou de serviços contratados ajuda a evitar dores de cabeça.

“Se o consumidor confiar apenas na conversa, ele pode ser surpreendido negativamente”, alerta o gerente do Procon Assembleia, Gilberto Souza. Uma das principais reclamações, segundo o especialista, é com relação à diferença do que é contratado e do que é realmente fornecido.

Há algum tempo, a professora universitária Renata Viana fechou uns dias em um hotel fazenda próximo a Belo Horizonte. No pacote, oferecido em um site de compras coletivas, as fotos do hotel chamavam a atenção. “Era um local lindo, com uma estrutura fabulosa. Esperei ansiosa pela viagem. Quando eu, meu marido e minha bebê chegamos ao local, fiquei assustada. Parecia um hotel de filme de terror”, relembra.

Ela fotografou o local e enviou o material ao site de compras coletivas. O hotel foi descredenciado, mas o site se recusou a devolver o dinheiro.

O gerente do Procon Assembleia destaca que é possível receber até 100% do capital investido de volta. E, paralelamente a este processo, cobrar danos morais e materiais ao mau prestador de serviços.

No caso de a pessoa lesada decidir ingressar com processo de danos morais, ela pode recorrer ao Juizado de Pequenas causas sem advogado desde que a indenização seja inferior a 20 salários mínimos. Se a indenização pedida for de 20 a 40 salários mínimos, é necessário advogado. Acima desse valor, ela deve recorrer à justiça comum.

“O ideal é que a pessoa tenha um contrato com todos os detalhes da venda. Se ela não tiver, precisamos das conversas, seja por whatsapp ou email. E de um comprovante de pagamento”, destaca Souza.

Roubo de dados
Segundo dados do Serasa Experian, a cada 16,6 segundos um usuário de internet sofre uma tentativa de fraude. O problema é que, em muitos casos, o que era tentativa se concretiza.

“Os consumidores devem ficar atentos para garantir que seus dados não estão à mercê de um possível roubo, verificando se o site possui certificado SSL, bem como outros itens como imagens em baixa resolução e links com redirecionamento para outras páginas”, afirma Murilo Couto, gerente de Certificação Digital da Serasa Experian.

Dados do Serasa Experian apontam que um a cada cinco sites não possui certificado de segurança ativo.

Sinais
O gerente do Procon alerta que o golpe costuma dar indícios. O primeiro deles é o preço. “Desconfie de preços mirabolantes. Se a TV custa R$ 5 mil, dificilmente alguém irá vendê-la por R$ 500, por exemplo. O mesmo vale para passagens aéreas e diárias em hotéis. Às vezes, anúncios desse tipo patrocinados nas redes sociais. Não acredite”, enfatiza.
Ele destaca que os anúncios aparecem de repente, muitas vezes, como se fossem lojas renomadas. No entanto, não são. “O consumidor não deve acreditar naquele link. Ele deve entrar no site oficial da loja e procurar pelo produto. Na maioria das vezes, a promoção não existe”, afirma Souza.

Além disso, é comum que a única forma de pagamento aceita seja o boleto bancário. “Isso não existe. É necessário desconfiar, também, de perfis na internet que não informam nome ou endereço do responsável”, diz.