Eventos ocorrem 15 dias após o incêndio no Museu Nacional do Rio

Fone: Agência Brasil

Duas semanas após o incêndio que destruiu 90% do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, é realizada a 12ª Primavera dos Museus, que começa nesta segunda-feira (17) com programação em vários locais do país até o próximo dia 23. Mais de 900 instituições participam, promovendo 2.787 eventos.

Com o tema “Celebrando a Educação em Museus”, a proposta é incentivar a reflexão sobre as atribuições presentes em um museu, como educar e contribuir no despertar de interesse para diferentes áreas do conhecimento, a vida em sociedade, a importância das memórias e o valor do patrimônio cultural musealizado.

Durante o evento, haverá o lançamento e a divulgação do Caderno da Política Nacional de Educação Museal (Pnem), no Museu Casa Histórica de Alcântara (MA), no Museu Vitor Meirelles (SC) e no Museu das Missões (RS).

No Rio de Janeiro, o Museu Histórico Nacional realiza, nesta segunda-feira (17), as oficinas A Aplicabilidade da Política Nacional de Educação Museal e Baú da História da Educação Museal para profissionais da área.

Em Minas Gerais, o Museu da Inconfidência promove, de 18 a 21 de setembro, o 1º Seminário de Educação em Museus de Ouro Preto (MG). O evento vai reunir diversos profissionais para debater questões e desafios sobre o tema.

Marcos e aberturas

Os museus brasileiros promovem ações educativas desde 1818, com a criação do Museu Nacional, então Museu Real – que em 2018 celebra seus 200 anos. Desde então, o interesse e o debate sobre esse tema só têm se disseminado e aprofundado.

Este ano será comemorado o aniversário de 60 anos da Declaração do Rio de Janeiro, resultado de seminário regional realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1958, considerada marco internacional para o setor.

Momento

A 12ª Primavera dos Museus ocorre no momento em que autoridades públicas federais, estaduais e municipais, em parceria com organismos internacionais e instituições estrangeiras, buscam estratégias para definir o processo de recuperação e restauro do Museu Nacional do Rio.

No último dia 2, um incêndio, que é alvo de investigações, destruiu o Museu Nacional, queimando 90% do acervo. O episódio provocou reações de pesquisadores, professores e estudantes que advertiram sobre a necessidade de mais investimentos no setor.

Representantes de vários países e museus estrangeiros, como o Louvre na França, colocaram-se à disposição para colaborar no processo de recuperação e reconstrução do Museu Nacional e dos acervos.

O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alexander Kellner (à direita) caminha com equipe na parte de trás do museu, na Quinta da Boa Vista.
O diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, Alexander Kellner (à direita) caminha com equipe na parte de trás do museu, na Quinta da Boa Vista. - Tomaz Silva/Agência Brasil