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Os casos confirmados concentram-se em cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), todos da região Norte do país. São eles: Alto Rio Solimões, que soma oito ocorrências (34,8%); Manaus, com 12 (52,2%) e Médio Rio Purus, Parintins e Yanomami, que têm, cada um, somente um caso (4,3%, cada). Ao todo, 12 pacientes são do gênero feminino e 11 do masculino.
A média é de 32 anos de idade, sendo que apenas dois deles têm entre 60 e 79 anos. Uma das vítimas fatais da doença, porém, foi o yanomami Alvaney Xiriana, que tinha apenas 15 anos de idade.
Também entram na conta da Sesai 46 casos descartados após testagem, que representam quase metade (48,9%) do total, e seis recuperações, identificadas como curas clínicas. No total, três óbitos de indígenas infectados pelo Sars-Cov-2 constam dos registros oficiais do governo federal.
O caso suspeito de covid-19 foi notificado em 26 de fevereiro deste ano, mas foi descartado. No boletim epidemiológico, a pasta acrescenta que o paciente que teve o primeiro diagnóstico confirmado começou a apresentar sintomas em 17 de março. "A notificação dos dois primeiros casos confirmados ocorreu na semana epidemiológica 13 (22/03 a 28/03), com um pico na semana epidemiológica 15 (05/04 a 11/04)", complementa.
A Sesai observa, no relatório, que sete infectados declararam ter viajado para locais onde se identificou transmissão comunitária (quando se torna impossível mapear a cadeia de propagação) e que 12 tiveram contato próximo com algum caso suspeito de covid-19. Além disso, 17 afirmaram ter tido contato com um paciente que testou positivo e três receberam atendimento em unidades de saúde nos 14 dias anteriores ao início dos sintomas.
Outro detalhe fornecido pela secretaria que ajuda na compreensão de como o vírus tem circulado nas comunidades indígenas é o fato de que 12 casos são de aldeias próximas a município com transmissão comunitária declarada. Dos três indígenas falecidos, dois foram infectados em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), onde faziam tratamento; um em Manaus e o outro em Boa Vista.
Distanciamento social
No último dia 2, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu nota recomendando ações emergenciais de proteção à saúde dos povos indígenas. O órgão afirma que "as medidas de restrição de acesso em vigor atualmente não garantem proteção territorial suficiente para evitar o contágio dos povos indígenas pelo novo coronavírus".
No entendimento do MPF, a presença "de garimpeiros, madeireiros, dentre outras atividades criminosas" acaba anulando a proteção que políticas sanitárias e de isolamento social poderiam assegurar. O órgão pede que a Fundação Nacional do Índio (Funai) implemente "imediatamente medidas de proteção territorial em todas as terras indígenas identificadas ou delimitadas, declaradas ou homologadas". O apelo segue na mesma linha de uma mensagem veiculada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Para garantir o isolamento social, diversas aldeias têm se organizado para barrar a entrada de pessoas de fora das comunidades. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), até esta quarta-feira (15), havia bloqueios em 12 estados, feitos por 23 povos.
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Relatório do Sesai considera outros 25 casos suspeitos
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Também entram na conta da Sesai 46 casos descartados após testagem, que representam quase metade (48,9%) do total, e seis recuperações, identificadas como curas clínicas. No total, três óbitos de indígenas infectados pelo Sars-Cov-2 constam dos registros oficiais do governo federal.
O caso suspeito de covid-19 foi notificado em 26 de fevereiro deste ano, mas foi descartado. No boletim epidemiológico, a pasta acrescenta que o paciente que teve o primeiro diagnóstico confirmado começou a apresentar sintomas em 17 de março. "A notificação dos dois primeiros casos confirmados ocorreu na semana epidemiológica 13 (22/03 a 28/03), com um pico na semana epidemiológica 15 (05/04 a 11/04)", complementa.
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No último dia 2, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu nota recomendando ações emergenciais de proteção à saúde dos povos indígenas. O órgão afirma que "as medidas de restrição de acesso em vigor atualmente não garantem proteção territorial suficiente para evitar o contágio dos povos indígenas pelo novo coronavírus".
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