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Separado da família desde que migrou para Buenos Aires, há dois anos, o marido de Josmar conseguiu comprar a passagem para a mulher e os filhos, de 14 e 5 anos, em março.
Eles então vieram da Venezuela para o Brasil por terra, via Boa Vista. Em Manaus, pegaram um avião para a Argentina. Chegando lá, no último dia 17, porém, foram retornados a São Paulo, pois o país acabara de fechar as fronteiras devido à pandemia de coronavírus.
A partir dali, os três dormiram por 15 dias no aeroporto de Guarulhos, contando com a ajuda de funcionários de um restaurante para se alimentar. Na terça-feira (31), depois que o jornal Folha de S.Paulo contou essa história, um casal que vive em São Paulo e leu a reportagem decidiu ir atrás da família no aeroporto para oferecer acolhida em sua casa.
Chegando lá, houve um desencontro: os venezuelanos haviam sido levados para um abrigo público, onde passaram aquela noite.
Mas Isabel Vargas, 41, e Celso Rosaneli, 51, não desistiram. Conseguiram entrar em contato e, no dia seguinte, foram buscá-los no abrigo. "Meu marido me mostrou a reportagem com lágrimas nos olhos. Falei: 'Vamos lá?'. Fomos imediatamente", conta Isabel. "Temos uma casa grande, não temos filhos. Fiquei feliz em acolhê-los."
Isabel é boliviana, o que ajuda na comunicação com a família, que só fala espanhol. Josmar e os filhos estão hospedados em um quarto próprio com banheiro, as crianças podem brincar em uma área externa e já se apegaram ao cachorrinho da família, Tuti.
"Estamos maravilhosamente bem. Eles disseram que podemos ficar todo o tempo que seja necessário até que o problema se solucione", diz Josmar. Seu maior alívio, afirma, é ver que seus filhos estão felizes lá.
"Eles adoraram o casal, a menina está louca pelo cachorrinho. Estamos em um quarto amplo, com TV, com todas as comodidades. Nem sabemos como agradecer", diz.
"Ontem fizemos vídeo-chamada com meu marido e apresentei todo mundo. Ele está mais calmo, agora sabe que estaremos bem até conseguir chegar até ele."
Muitos leitores entraram em contato com o jornal Folha de S.Paulo se oferecendo para pagar uma hospedagem para a família ou ajudar de outras maneiras. Entre eles, venezuelanos que também passam dificuldades neste momento em São Paulo, mas se dispuseram a dividir o que têm com a família de Josmar.
Na casa onde eles estão agora, na Vila Nova Mazzei, zona norte, todos estão cumprindo o isolamento social recomendado para minimizar os efeitos da pandemia. "Meu marido só sai quando precisa comprar alguma coisa", diz Isabel.
Ela afirma que as duas famílias se entrosaram bem. "É gratificante ver o sorriso no rosto das crianças. Eles estão felizes aqui."
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Eles então vieram da Venezuela para o Brasil por terra, via Boa Vista. Em Manaus, pegaram um avião para a Argentina. Chegando lá, no último dia 17, porém, foram retornados a São Paulo, pois o país acabara de fechar as fronteiras devido à pandemia de coronavírus.
A partir dali, os três dormiram por 15 dias no aeroporto de Guarulhos, contando com a ajuda de funcionários de um restaurante para se alimentar. Na terça-feira (31), depois que o jornal Folha de S.Paulo contou essa história, um casal que vive em São Paulo e leu a reportagem decidiu ir atrás da família no aeroporto para oferecer acolhida em sua casa.
Chegando lá, houve um desencontro: os venezuelanos haviam sido levados para um abrigo público, onde passaram aquela noite.
Mas Isabel Vargas, 41, e Celso Rosaneli, 51, não desistiram. Conseguiram entrar em contato e, no dia seguinte, foram buscá-los no abrigo. "Meu marido me mostrou a reportagem com lágrimas nos olhos. Falei: 'Vamos lá?'. Fomos imediatamente", conta Isabel. "Temos uma casa grande, não temos filhos. Fiquei feliz em acolhê-los."
Isabel é boliviana, o que ajuda na comunicação com a família, que só fala espanhol. Josmar e os filhos estão hospedados em um quarto próprio com banheiro, as crianças podem brincar em uma área externa e já se apegaram ao cachorrinho da família, Tuti.
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"Ontem fizemos vídeo-chamada com meu marido e apresentei todo mundo. Ele está mais calmo, agora sabe que estaremos bem até conseguir chegar até ele."
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