De acordo com os agentes que atenderam a ocorrência, o homem confessou ter atirado contra o animal


Um caminhoneiro foi preso no final da noite desta quarta-feira, depois de atirar contra uma cadela na Zona Norte de São Paulo. A cachorra foi socorrida por policiais militares, que fizeram um rateio para custear seu atendimento em uma clínica veterinária particular.
O caso aconteceu em um terminal de carga na Avenida João Simão de Castro, na região da Vila Sabrina, próximo ao acesso para a Rodovia Fernão Dias. De acordo com relatos de testemunhas, depois de se incomodar com os animais no local, o motorista estacionou seu caminhão, sacou uma arma e disparou contra a cadela, identificada como Pintada.

Uma equipe de patrulhamento do 5º Batalhão da Polícia Militar foi acionada e localizou o caminhoneiro dentro de seu veículo. De acordo com os agentes que atenderam a ocorrência, o homem confessou ter atirado contra o animal.

A arma usada pelo motorista, uma pistola PT 51 modelo Taurus, foi encontrada na carroceria de outro caminhão. O homem, detido por maus tratos contra animais e porte ilegal de armas, foi encaminhado pela Polícia Militar para o 73º Distrito Policial, no bairro do Jaçanã.

Tratamento

Após ser atingida pelo disparo, a cadela foi socorrida pelos policiais militares que participaram da ocorrência. Os agentes chegaram a fazer um rateio, com recursos próprios, para custear o atendimento de Pintada em uma clínica privada na região.

"Tentamos localizar um hospital veterinário público 24 horas, mas não conseguimos. Por isso, decidimos fazer um rateio e custear o atendimento", explica o soldado Ribeiro, um dos policiais militares que atenderam o caso.

Mas o pagamento não será necessário. O Hospital Vet Popular, localizado no Tucuruvi, onde Pintada foi atendida, informou que vai custear todo o tratamento do animal e agradeceu pela confiança dos policiais.

A cadela ficará internada por tempo indeterminado. "Neste momento, encontra-se internada e seu estado de saúde é estável. Ela fará, durante todo o dia, uma série de exames de imagem, cardiológicos e hematológicos para, assim, os médicos avaliarem seu estado de saúde com mais precisão", diz o hospital, em nota.

"O Grupo Vet Popular repudia toda e qualquer violência contra os animais e acredita na justiça para que o agressor seja punido por tal crueldade."

Carrefour

Nesta semana, já havia causado comoção outro caso de violência contra animais, quando outro cão morreu após ser agredido em uma loja da rede Carrefour. Imagens de uma câmera de segurança obtida na quarta-feira, 5, pela Delegacia de Meio Ambiente de Osasco, na Grande São Paulo, mostram o momento em que um homem usa uma barra metálica para agredir o cãozinho.

A pessoa, identificada como um segurança terceirizado da loja, desfere um golpe que acerta o animal e rasga sua coxa traseira. O ferimento fez com que o cãozinho "Manchinha", como era conhecido, ficasse sangrando. A morte do cachorro gerou uma onda de protestos contra o Carrefour.

A empresa divulgou nota reconhecendo que "um grave erro" havia acontecido na loja de Osasco e que era a maior interessada em que todos os fatos fossem esclarecidos. Informou ainda que, desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado.