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Vale destacar que os números reportados diariamente pela pasta não refletem imediatamente a realidade, já que há um intervalo até que sejam totalmente atualizados.
Quanto às mortes por dengue, 1.937 foram confirmadas e 2.345 estão sob investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é de 2.032,7 casos para cada 100 mil pessoas.
Assim como no ano passado, a faixa etária mais atingida pela dengue é a de 20 a 29 anos. Já a faixa etária menos afetada é a de crianças menores de 1 ano, seguida das pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos, consecutivamente. Apesar disso, todos esses grupos tiveram aumento de mais de 100% nos casos, com destaque para o de indivíduos com 80 anos ou mais, que registrou um aumento de 203% em relação a 2023.
Os Estados com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. No sentido oposto, Roraima é o menos atingido, com um coeficiente de 43,9 casos por 100 mil habitantes, seguido por Ceará e Sergipe.
É importante ressaltar que, em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde divulgou uma projeção indicando que os casos de dengue em 2024 poderiam chegar a, no máximo, 4.225.885.
Motivos por trás da escalada da dengue
Segundo especialistas, o aumento considerável de casos de dengue pode ser atribuído a medidas pouco eficazes de controle do mosquito Aedes Aegypti, o vetor da doença. As ações clássicas incluem a conscientização sobre a eliminação dos criadouros, que, em sua maioria, estão dentro das residências, e o uso de repelentes e inseticidas.
Além disso, especialistas atribuem o ritmo atípico da epidemia ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, que resultam em temperaturas elevadas e chuvas irregulares - condições ideais para a reprodução do mosquito e, consequentemente, a disseminação da doença.
Outro fator preocupante, segundo o Ministério da Saúde, é que os quatro sorotipos da dengue estão circulando simultaneamente - há anos isso não acontecia. Observa-se também uma interiorização da doença, com cidades pequenas e médias contribuindo para o aumento da curva de casos.
Formas de prevenção
A eliminação de criadouros de mosquitos segue sendo uma das melhores maneiras de evitar a doença. Além disso, vale apostar em métodos físicos, como uso de roupas claras, mosquiteiros e repelentes, especialmente aqueles à base de icaridina, DEET e IR3535, que possuem duração superior em comparação a outros tipos.
A Qdenga, vacina contra a dengue fabricada pela farmacêutica japonesa Takeda, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se do primeiro imunizante de uso amplo contra a doença liberado no País.
Outra medida importante é a vacinação. Desde julho de 2023, a Qdenga está disponível na rede privada brasileira e, em dezembro do mesmo ano, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil tornou-se o primeiro país a disponibilizar essa vacina gratuitamente no sistema público. Inicialmente, devido à disponibilidade limitada de doses, apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos estão sendo vacinados.
Estadão Conteúdo
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Vale destacar que os números reportados diariamente pela pasta não refletem imediatamente a realidade, já que há um intervalo até que sejam totalmente atualizados.
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Assim como no ano passado, a faixa etária mais atingida pela dengue é a de 20 a 29 anos. Já a faixa etária menos afetada é a de crianças menores de 1 ano, seguida das pessoas com 80 anos ou mais e por crianças de 1 a 4 anos, consecutivamente. Apesar disso, todos esses grupos tiveram aumento de mais de 100% nos casos, com destaque para o de indivíduos com 80 anos ou mais, que registrou um aumento de 203% em relação a 2023.
Os Estados com maior incidência da doença são Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. No sentido oposto, Roraima é o menos atingido, com um coeficiente de 43,9 casos por 100 mil habitantes, seguido por Ceará e Sergipe.
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Segundo especialistas, o aumento considerável de casos de dengue pode ser atribuído a medidas pouco eficazes de controle do mosquito Aedes Aegypti, o vetor da doença. As ações clássicas incluem a conscientização sobre a eliminação dos criadouros, que, em sua maioria, estão dentro das residências, e o uso de repelentes e inseticidas.
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Estadão Conteúdo