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Um vídeo gravado no dia 6 de setembro mostra o jovem em pé, com as mãos amarradas, ao lado de uma viatura da PM e os dois agentes: o sargento Luís Magno da Silva e o soldado Giovani dos Santos Silva. Os policiais alegaram em depoimento que não colocaram o jovem no veículo naquele dia.
Marcelo era morador do bairro Anjo da Guarda, na periferia de São Luís. Segundo a família, sofria de esquizofrenia desde criança, não era agressivo e era querido pelos moradores. No dia 6 de setembro, ao sair de casa, ele se perdeu e foi parar em Paço do Lumiar, cidade da região metropolitana da capital maranhense, a 30 km de onde morava.
Ali, o jovem teria sido confundido com um usuário de drogas acusado de invadir residências e acabou amarrado a um poste por moradores, que chamaram a polícia. A ocorrência foi atendida pelo sargento e o soldado, que a partir de agora entram na mira das investigações. Depois do episódio, Marcelo não foi mais visto.
"A gente passou três dias procurando ele. Colocamos cartaz de desaparecido e divulgamos na imprensa. Foi aí que uma pessoa lá da Pindoba me informou que ele tinha sido encontrado e levado por policiais. Me enviaram uma foto e também o vídeo que aparece ele perto da viatura, e que os policiais não sabiam que foram filmados", afirmou Miriam Costa Melo, mãe de Marcelo, à reportagem.
O vídeo mostra Marcelo em pé, com as mãos amarradas para trás, conversando com os policiais ao lado da viatura com o fundo aberto. Em depoimento, os militares disseram que não levaram Marcelo porque o jovem foi deixado na região, com duas pessoas que seriam conhecidas dele. Estas pessoas, porém não foram encontradas até o momento.
"Os dois policiais militares apresentaram três testemunhas que disseram ter visto Marcelo andando nas ruas, depois de serem deixados pela viatura. Só que são testemunhas dos investigados, né? É preciso desconfiar porque podem ser álibis", explicou o delegado Marconi Matos, que investiga o caso.
Com a repercussão do caso, os militares foram afastados das funções pelo Comando da PM. O motivo não foi o desaparecimento de Marcelo, mas o fato de os policiais não terem levado o jovem até uma delegacia, o que é o procedimento padrão.
REVIRAVOLTA
Marcelo esteve desaparecido por mais de um mês e os policiais eram tratados apenas como testemunhas porque não havia provas de crime. No dia 8 de outubro, contudo, um cadáver em estado avançado de decomposição foi encontrado em um matagal em São José de Ribamar, também na região de São Luís. Próximo ao corpo havia roupas semelhantes às que o jovem usava no dia em que desapareceu.
Nesta sexta (29), o Instituto de Criminalística confirmou, por meio de um exame de DNA, que era o corpo de Marcelo Melo. Hoje, a Polícia Civil declarou que os dois policiais agora são oficialmente os principais suspeitos de um possível homicídio contra o jovem.
"Agora eles não são mais testemunhas, mas investigados, afinal, foram os últimos que temos provas que estavam com ele. Mas seguimos investigando e agora falta o resultado do exame que deve detectar a causa da morte", disse o delegado Matos.
Além do sargento Luís e do soldado Giovani, outros dois PMs que coordenaram a ocorrência à distância, via Centro de Operação da Polícia (CIOPS), também foram indiciados porque teriam que acompanhar o caso até Marcelo ser levado a uma delegacia. Os nomes deles não foram informados.
"A gente está sofrendo muito com tudo o que aconteceu. Fizeram uma barbaridade com meu filho. Agora, só esperamos que a justiça seja feita", finalizou Miriam. A reportagem tenta contato com as defesas do sargento Luís e do soldado Giovani, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.
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Um vídeo gravado no dia 6 de setembro mostra o jovem em pé, com as mãos amarradas, ao lado de uma viatura da PM e os dois agentes: o sargento Luís Magno da Silva e o soldado Giovani dos Santos Silva. Os policiais alegaram em depoimento que não colocaram o jovem no veículo naquele dia.
Marcelo era morador do bairro Anjo da Guarda, na periferia de São Luís. Segundo a família, sofria de esquizofrenia desde criança, não era agressivo e era querido pelos moradores. No dia 6 de setembro, ao sair de casa, ele se perdeu e foi parar em Paço do Lumiar, cidade da região metropolitana da capital maranhense, a 30 km de onde morava.
Ali, o jovem teria sido confundido com um usuário de drogas acusado de invadir residências e acabou amarrado a um poste por moradores, que chamaram a polícia. A ocorrência foi atendida pelo sargento e o soldado, que a partir de agora entram na mira das investigações. Depois do episódio, Marcelo não foi mais visto.
"A gente passou três dias procurando ele. Colocamos cartaz de desaparecido e divulgamos na imprensa. Foi aí que uma pessoa lá da Pindoba me informou que ele tinha sido encontrado e levado por policiais. Me enviaram uma foto e também o vídeo que aparece ele perto da viatura, e que os policiais não sabiam que foram filmados", afirmou Miriam Costa Melo, mãe de Marcelo, à reportagem.
O vídeo mostra Marcelo em pé, com as mãos amarradas para trás, conversando com os policiais ao lado da viatura com o fundo aberto. Em depoimento, os militares disseram que não levaram Marcelo porque o jovem foi deixado na região, com duas pessoas que seriam conhecidas dele. Estas pessoas, porém não foram encontradas até o momento.
"Os dois policiais militares apresentaram três testemunhas que disseram ter visto Marcelo andando nas ruas, depois de serem deixados pela viatura. Só que são testemunhas dos investigados, né? É preciso desconfiar porque podem ser álibis", explicou o delegado Marconi Matos, que investiga o caso.
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REVIRAVOLTA
Marcelo esteve desaparecido por mais de um mês e os policiais eram tratados apenas como testemunhas porque não havia provas de crime. No dia 8 de outubro, contudo, um cadáver em estado avançado de decomposição foi encontrado em um matagal em São José de Ribamar, também na região de São Luís. Próximo ao corpo havia roupas semelhantes às que o jovem usava no dia em que desapareceu.
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"A gente está sofrendo muito com tudo o que aconteceu. Fizeram uma barbaridade com meu filho. Agora, só esperamos que a justiça seja feita", finalizou Miriam. A reportagem tenta contato com as defesas do sargento Luís e do soldado Giovani, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.