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Silveira viajou para o Rio de Janeiro no dia 3 de maio, poucas horas antes de o terminal gaúcho paralisar as operações. Sem a possibilidade de retornar de avião a Porto Alegre na semana seguinte, ele precisou remanejar a passagem de volta para Florianópolis.
Após desembarcar na capital catarinense, Silveira recorreu à carona da mãe para ir de carro até o município de Torres, no litoral gaúcho, onde ainda permanece antes de regressar a Porto Alegre.
"Foram umas quatro horas de viagem de Florianópolis até aqui", diz o jovem, que optou por ficar na casa da mãe para conseguir trabalhar com acesso a serviços de internet e luz.
Vista aérea da inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre Maurício Tonetto - 14.mai.2024/Secom ** A exemplo de Silveira, outros viajantes também foram forçados a buscar rotas alternativas enquanto o Salgado Filho está paralisado.
Administradores de aeroportos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina dizem que o fluxo de passageiros aumentou em maio, a partir da inclusão de voos emergenciais com a catástrofe gaúcha. Os operadores, por ora, descartam o risco de sobrecarga nos serviços.
Considerando o período de 5 a 16 de maio, o movimento de passageiros subiu 17% no aeroporto de Florianópolis, segundo a concessionária Zurich Airport Brasil. A empresa afirma que está preparada para receber voos extras planejados em razão do fechamento do Salgado Filho.
No dia 9 de maio, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a criação de uma malha aérea emergencial para atender a população gaúcha.
A previsão divulgada foi de até 116 voos semanais no que o órgão chamou de primeira fase da iniciativa. O plano em questão abrange seis aeroportos no Rio Grande do Sul (Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana), além da base aérea de Canoas, na Grande Porto Alegre, e dos terminais catarinenses de Florianópolis, Chapecó e Jaguaruna.
Esse volume de até 116 voos semanais inclui, por exemplo, 35 na base aérea de Canoas, 25 em Caxias do Sul e 21 em Florianópolis.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que a malha emergencial está em implementação e passa por ajustes diários para acomodar a demanda de passageiros.
"Como as empresas ainda estão inserindo as operações no sistema, os números podem apresentar variação", disse. Segundo a agência, não há data estabelecida para o término da primeira fase da malha emergencial.
Sobre o uso da base aérea de Canoas, a Anac declarou que as operações ainda aguardam a instalação de equipamentos de "infraestrutura mínima" para que as empresas aéreas e o operador aeroportuário possam iniciar os voos.
A Fraport Brasil, concessionária do Salgado Filho, deve atuar na operação no local.
Em Caxias do Sul (a 120 km de Porto Alegre), o aeroporto já está recebendo mais voos comerciais. Dependendo das condições climáticas, o número pode chegar a seis ou sete em um dia, diz a prefeitura municipal, responsável pelo empreendimento.
Antes, a média era de três ou quatro, considerando somente as operações de companhias aéreas comerciais. O local também recebe jatos particulares, helicópteros e aeronaves militares.
A administração municipal afirma que reforçou as equipes para dar conta da nova demanda. Na manhã desta sexta (17), porém, o aeroporto estava fechado em razão da neblina.
Outro aeroporto que integra a malha emergencial é o da cidade catarinense de Jaguaruna (a 160 km de Florianópolis).
Nos primeiros 14 dias de maio, houve aumento 43,4% no número de passageiros no terminal, ante o mesmo período de abril deste ano, afirma em nota o secretário estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.
Segundo ele, o local passou a receber novos voos nos últimos dias, além de aeronaves maiores. "Até o momento, o aeroporto está absorvendo com normalidade os voos emergenciais e sem grandes impactos operacionais", declara.
Os municípios de Pelotas e Uruguaiana, no interior gaúcho, também estão entre os que integram a malha aérea emergencial.
De acordo com a CCR Aeroportos, responsável pelos dois terminais, Pelotas ganhou duas novas frequências até o fim de maio, para Viracopos e Congonhas. A partir do dia 28, o terminal também passa a oferecer voos a
Florianópolis, às terças e aos sábados, até o dia 29 de junho, diz a CCR.
Em Uruguaiana, foram anunciados novos voos para Curitiba até 31 de maio. A expectativa é de que novas rotas sejam confirmadas em junho, afirma a empresa.
A Fraport Brasil, concessionária do Salgado Filho, evita falar em uma data para a reabertura do terminal de Porto Alegre. Segundo a empresa, ainda não há uma estimativa dos prejuízos causados pela enchente. Enquanto isso, a venda de passagens para voos com origem ou destino no aeroporto foi suspensa por tempo indeterminado.
O que dizem as companhias aéreas
A Latam afirma que, entre os dias 10 e 31 de maio, vai operar um total de 126 voos extras entre São Paulo e os aeroportos de Jaguaruna, Florianópolis e Caxias do Sul.
Já a Gol anunciou, no dia 9 de maio, a criação de 122 voos extras para atender a região Sul até o próximo dia 30. A empresa confirmou novas operações nos aeroportos de Caxias do Sul, Florianópolis e Passo Fundo, além de afirmar que priorizaria a operação com aviões maiores em Chapecó (SC).
Sem detalhar as rotas, a Azul disse que atualmente oferece 150 voos extras para "demais aeroportos da região" como forma de atender a demanda decorrente da interrupção do Salgado Filho.
Com a parada das atividades em Porto Alegre, a empresa disse que realocou voos do Rio Grande do Sul e que organiza 110 operações temporárias no país em junho. Segundo a companhia, o estado continuará recebendo passageiros nos aeroportos das cidades de Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo.
Os terminais que receberão o maior número de voos extras são Viracopos, com 38 operações, Belo Horizonte, com 18, e Curitiba e Florianópolis, com 12 e 10, respectivamente.
A Voepass anunciou rotas temporárias entre Congonhas e os municípios gaúchos de Santa Maria, nesta sexta (17), Santo Ângelo, no domingo (19), e Pelotas, na terça (21). De 27 de maio a 30 de junho, há opções envolvendo cidades do sul como Joinville, Florianópolis, Uruguaiana, Pelotas, Santa Maria e Santo Ângelo.
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Vista aérea da inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre Maurício Tonetto - 14.mai.2024/Secom ** A exemplo de Silveira, outros viajantes também foram forçados a buscar rotas alternativas enquanto o Salgado Filho está paralisado.
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Florianópolis, às terças e aos sábados, até o dia 29 de junho, diz a CCR.
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O que dizem as companhias aéreas
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