Ao contrário do que muitos imaginam, o consumo de conteúdo via rádio aumentou no último ano, mesmo com tantas opções. É o que aponta o estudo Inside Radio 2021, da Kantar IBOPE Media, realizado em treze regiões metropolitanas do Brasil.
 
O levantamento mostra que 80% da população dessas regiões ouvem rádio. E que, mesmo aumentando a audiência das rádios pelo celular, as pessoas preferem é escutar no aparelho de rádio tradicional. Além disso, os dados revelam ainda que 71% escutam em casa.

Em entrevista ao Programa Tarde Nacional, da Rádio Nacional, a professora de comunicação da Universidade de Brasília Cristiane Parente explica que o contexto da pandemia, do isolamento social e o trabalho em home office, contribuiu para o aumento do consumo no ambiente residencial.

A professora diz que, mesmo com o surgimento de outras mídias, a rádio permanece sendo a mais popular. E isso, segundo ela, se fortaleceu no contexto da pandemia.

Enquanto o rádio tem um dia comemorado em todo o mundo no mês de fevereiro, no Brasil é em 25 de setembro, data em que nasceu Edgard Roquette Pinto, precursor da radiodifusão no país. Foi ele quem fez a primeira transmissão, via rádio, no dia 7 de setembro de 1922, durante comemoração dos 100 anos da independência do país.

Roquette Pinto também criou a primeira estação de rádio brasileira, a Rádio Sociedade, no Rio de Janeiro, em 1923. Treze anos mais tarde, a emissora foi cedida ao governo e virou a Rádio MEC, hoje comandada pela empresa pública EBC, Empresa Brasil de Comunicação.

Atualmente, são sete rádios públicas transmitidas pela EBC: Nacional FM, Nacional FM de Brasília, Nacional do Rio de Janeiro, Nacional da Amazônia, Nacional do Alto Solimões e as rádios MEC AM e FM.