Do UOL, em São Paulo
Balanço divulgado pelo MP-SP (Ministério Público) aponta que, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ao menos 795 pessoas foram presas no Estado de São Paulo ao longo de 2017 sob suspeita de algum tipo de ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O número é 133% maior do que 2016, quando 340 suspeitos ligados à organização criminosa foram presos no Estado. No ano passado, 222 foram condenados na Justiça após denúncia do Gaeco. O número de condenações de 2017 é 24,7% maior do que em 2016 (178).
"No ano passado, o Gaeco priorizou o enfrentamento dos dois pilares básicos da atividade criminosa organizada: a corrupção e a lavagem de dinheiro", afirmou em nota o promotor Amauri Silveira Filho, coordenador do Gaeco.
"A quase totalidade das organizações criminosas tem como objetivo último a obtenção de vantagens financeiras ilícitas. Por isso, é imprescindível a existência de esquemas para ocultar ou dissimular a origem ilícita de bens e valores, bem como para reinseri-los no sistema econômico financeiro com aparência de licitude", complementou.
Ainda segundo o promotor, "toda organização criminosa depende, para seu nascimento, desenvolvimento, manutenção ou perpetuação, de esquemas de corrupção de agentes públicos."
O MP informou que, no ano passado, foi obtida a constrição judicial (como penhora ou arresto) de 208 imóveis relacionados a atividades criminosas, bem como a apreensão de mais de R$ 25 milhões em espécie, ante 89 imóveis e pouco mais de R$ 22 milhões em 2016.