JUVENTUDE REVERSA

O Relatório Global de Riqueza 2024 da Allianz, um dos principais provedores de serviços financeiros integrados do mundo, divulgado no último dia 08 de outubro, revelou que os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) provavelmente serão a geração mais rica que já viveu, pelo menos nas economias avançadas.

Essa riqueza foi viabilizada devido ao forte crescimento econômico após a segunda guerra, marcado pelo crescimento industrial, aumento da produtividade e criação de empregos bem remunerados.

Além desses fatores, destacam-se o mercado imobiliário acessível em relação aos rendimentos e grande valorização dos mercados financeiros globais, favorecendo os que investiram em ações.

 

Por outro lado, os millennials (nascidos entre 1981 e 1996) têm sido os “maiores perdedores” na corrida pela riqueza, devido a “crise após crise”, principalmente a grande recessão de 2008, revelou a Allianz no relatório. Claro, os millennials ainda têm algumas décadas para continuar aumentando suas economias enquanto trabalham. Mesmo assim, a gigante de seguros e gestão de ativos sugere no documento que eles nunca acumularão os mesmos níveis de riqueza que os boomers ao longo da vida.

A Geração Z — a geração mais jovem, que ainda está no início de sua trajetória — se sai melhor do que seus colegas millennials, mas não tão bem quanto a geração mais velha. “Levando em conta o fim da abundância de poupança e a crescente demanda por capital para impulsionar as transformações verde e digital, a Geração Z realmente tem uma boa chance de tornar a nova geração dominante em termos de riqueza —se alinharem seu comportamento de poupança às novas realidades”, acrescentou a Allianz.

Os boomers podem ser a geração mais rica que já existiu, ao menos nos países de economia mais robusta, mas não no Brasil. Segundo pesquisa realizada pela Serasa, em 2023, a grande maioria dos idosos brasileiros enfrenta preocupações financeiras em relação à sua aposentadoria. Sete em cada dez idosos não consideram que o dinheiro proveniente da aposentadoria é suficiente para manter seu padrão de vida na terceira idade.

O levantamento apontou que 58% dos idosos pesquisados consideram que não conseguiram se planejar financeiramente para a aposentadoria. Um outro dado que chamou a atenção é que um terço dos entrevistados está recorrendo às suas reservas financeiras acumuladas ao longo da vida para suprir suas necessidades básicas.

A pesquisa também destacou que 49% dos idosos consideram os gastos com saúde como uma das principais preocupações financeiras, ficando atrás apenas dos gastos com alimentação, considerados relevantes por 69% dos participantes.

Isso ressalta que o envelhecimento da população brasileira está gerando desafios e oportunidades significativas em várias áreas, desde a educação financeira até o acesso à saúde adequada para os idosos.

É fundamental abordar a falta de segurança financeira que muitos idosos enfrentam de maneira abrangente para garantir um envelhecimento digno e saudável, não apenas para os idosos atuais, mas também para as gerações futuras. Eles somos nós amanhã!

 

Fonte:em.com.br