Mais de metade dos passageiros têm comprado bilhetes aéreos sem pagar pela bagagem. Esse comportamento ajuda a reduzir preços das tarifas e a ampliar o mercado de transporte aéreo. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.
"Assim que houve liberação da franquia de bagagem, todas as empresas criaram uma nova coluna (de tarifas) com bilhetes mais acessíveis que existiam antes", disse o executivo, em audiência pública no Senado sobre a nova política de cobrança de bagagens.
Aos senadores, Sanovicz citou que clientes que despacham malas seguem comprando bilhetes com direito a esse benefício com valor idêntico ao praticado antes das novas regras. "Quem leva bagagem, segue comprando com o preço anterior. Quem compra sem direito a bagagem, vai lá na nova coluna (de tarifas)", disse.
O presidente da Abear disse que os clientes que pagam pelo despacho de bagagem como serviço extra são aqueles "que compram esse bilhete mais acessível, mudam de ideia e resolvem trazer uma bagagem".
O presidente da associação das empresas aéreas defende que as medidas de abertura do mercado geram efeito com expansão do setor. "Todos os nossos estudos mostram que quando os preços oscilam 10% para cima, 14% dos consumidores saem do avião. A mesma coisa acontece no sentido contrário. A redução de 10% (na tarifa), traz 14% dos passageiros de volta", disse.
Sanovicz defende que o setor aéreo deve "ganhar musculatura" e deve se preparar para um ambiente de maior concorrência. "Nosso dever é estarmos preparados porque a disputa tende a ser mais acirrada", disse. Um dos debates atualmente no governo trata do aumento da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas.
65% dos bilhetes aéreos têm sido vendidos na categoria sem bagagem, diz Abear
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Sanovicz defende que o setor aéreo deve "ganhar musculatura" e deve se preparar para um ambiente de maior concorrência. "Nosso dever é estarmos preparados porque a disputa tende a ser mais acirrada", disse. Um dos debates atualmente no governo trata do aumento da participação de capital estrangeiro nas companhias aéreas.