A Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, reabriu nesta quinta-feira, depois de sete meses fechada por causa da pandemia da Covid-19, com a exposição “Amilcar de Castro – Matéria e Luz”, que celebra os cem anos do artista mineiro de Paraisópolis, representante do movimento neoconcretista.

Rodrigo de Castro, curador da mostra, salienta que a ideia da exposição não é fazer uma retrospectiva da carreira de Amilcar. “Selecionamos as obras mais importantes, aquelas que traduzem, da melhor forma, o trabalho de Amilcar. O fio condutor da mostra é a sensibilidade criativa de Amilcar, a partir de um diálogo permanente entre matéria e luz”, afirma.


Mineiro de Paraisópolis, Amilcar é considerado por críticos e historiadores culturais como um dos nomes mais importantes da arte contemporânea brasileira. Serão apresentadas 50 obras, entre esculturas, eucatex, papel e telas. Um dos destaques é um trabalho feito em tela, de oito metros, que tinha sido exposto antes.

Rodrigo lembra que o pai criou um novo processo de realização de esculturas, a partir de chapas de aço dobradas. “A geometria inteligente e sensível do artista cria, ao dobrar a chapa cortada, espaços vazios que são fatalmente preenchidos de luz. Há uma convergência, um forte encontro de matéria e luz criando a obra no espaço. Arte de pura essência e força que sempre nos surpreende. E quanto mais o tempo passa, maior a grandeza que se desvela de sua obra”, assinala o curador.

Para celebrar o centenário de Amilcar de Castro, que nasceu em 8 de junho de 1920 e morreu em 2002, o Minas Tênis Clube também produziu o minidocumentário “Amilcar de Castro 100 anos”, que está disponível no canal do YouTube do clube. 

SERVIÇO


“Amilcar de Castro – Matéria e Luz” – Na Galeria do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2244), de quinta a 24 de janeiro de 2021.De terça-feira a domingo e feriados, das 13h às 19h. A entrada é gratuita e, por causa da pandemia de Covid-19, a capacidade de visitantes é limitada a 30 pessoas.