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string(3704) "A primeira vez que o pesquisador e professor Hélio Márcio Dias Ferreira pisou no ateliê do artista plástico carioca Ivan Serpa, um dos ícones da arte moderna e contemporânea brasileira, a impressão era de que o lugar havia parado no tempo.
“Ivan tinha morrido em 1973, aos 50 anos, e quando cheguei no ateliê, no início da década de 1990, as tintas e os pincéis ainda estavam do lado do cavalete com tela. Estava tudo lá, como se ele estivesse ido só tomar um cafezinho”, lembra.
De acordo com Ferreira, pode-se contar nos dedos os ateliês que, no mundo, permaneceram intactos. “Você tem Cézanne, Lasar Segall... Mas são pouquíssimos. O de Serpa existe até hoje porque o filho mais velho mora na casa, com todos os guardados”.
Após estudar, no mestrado e no doutorado, a obra do artista plástico, Ferreira conseguiu concretizar um sonho que acalentava há 15 anos: montar a maior exposição dedicada à pluralidade criativa do mestre, que passou por diversas fases em sua trajetória.
Depois de passar por Rio de Janeiro, a exposição chega ao Centro Cultural Banco do Brasil de BH, marcando a reabertura do espaço à visitação do público. “Como ele foi múltiplo, nós tivemos o cuidado de mostrar a obra de forma a não confundir a cabeça do espectador”.
Entre os mais de 200 trabalhos reunidos, estão objetos pessoais que só agora ficaram acessíveis. Há desde um radinho de pilha em que Serpa ouvia os jogos do Flamengo a um caderno de desenhos feito três dias antes de morrer, devido a uma cardiopatia.
Curador da mostra ao lado de Ferreira, Marcus de Lontra Costa assinala que “Ivan Serpa: a Missão do Concreto” tem a missão de quebrar um estigma – de que o artista não tinha um estilo definido, ao passear por diversas fases, do concretismo ao misticismo.
“Poucos artistas no Brasil foram tão comprometidos com o seu tempo do que o Ivan. Nos anos 50, ele vê na geometria uma possibilidade de reconstrução de mundo, mas de uma forma diferenciada, mais poética e musical”, analisa Costa.
O curador salienta que Serpa nunca aceitou sectarismos. “Ele percebe, nos anos 60, a mudança, que este tipo de mentalidade de origem modernista só ia levá-lo ao distanciamento, a uma pintura sem fatura. Ele é, na verdade, um artista de seu tempo”, sublinha.
Para Costa, o público poderá ver, por meio da exposição, a arte como experimentação e instrumento de diálogo com o seu tempo, sem ficar preso a um determinada corrente estética. “Como o Hélio diz, ele tem a condição criativa de um Picasso”.
SERVIÇO
“Ivan Serpa: A Expressão do Concreto” – De hoje a 11 de janeiro de 2021. De quarta a segunda, das 10h às 22h. Entrada gratuita com apresentação de ingresso digital
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“Ivan tinha morrido em 1973, aos 50 anos, e quando cheguei no ateliê, no início da década de 1990, as tintas e os pincéis ainda estavam do lado do cavalete com tela. Estava tudo lá, como se ele estivesse ido só tomar um cafezinho”, lembra.
De acordo com Ferreira, pode-se contar nos dedos os ateliês que, no mundo, permaneceram intactos. “Você tem Cézanne, Lasar Segall... Mas são pouquíssimos. O de Serpa existe até hoje porque o filho mais velho mora na casa, com todos os guardados”.
Após estudar, no mestrado e no doutorado, a obra do artista plástico, Ferreira conseguiu concretizar um sonho que acalentava há 15 anos: montar a maior exposição dedicada à pluralidade criativa do mestre, que passou por diversas fases em sua trajetória.
Depois de passar por Rio de Janeiro, a exposição chega ao Centro Cultural Banco do Brasil de BH, marcando a reabertura do espaço à visitação do público. “Como ele foi múltiplo, nós tivemos o cuidado de mostrar a obra de forma a não confundir a cabeça do espectador”.
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Curador da mostra ao lado de Ferreira, Marcus de Lontra Costa assinala que “Ivan Serpa: a Missão do Concreto” tem a missão de quebrar um estigma – de que o artista não tinha um estilo definido, ao passear por diversas fases, do concretismo ao misticismo.
“Poucos artistas no Brasil foram tão comprometidos com o seu tempo do que o Ivan. Nos anos 50, ele vê na geometria uma possibilidade de reconstrução de mundo, mas de uma forma diferenciada, mais poética e musical”, analisa Costa.
O curador salienta que Serpa nunca aceitou sectarismos. “Ele percebe, nos anos 60, a mudança, que este tipo de mentalidade de origem modernista só ia levá-lo ao distanciamento, a uma pintura sem fatura. Ele é, na verdade, um artista de seu tempo”, sublinha.
Para Costa, o público poderá ver, por meio da exposição, a arte como experimentação e instrumento de diálogo com o seu tempo, sem ficar preso a um determinada corrente estética. “Como o Hélio diz, ele tem a condição criativa de um Picasso”.
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