Apesar de aparentar ser inofensiva, a intoxicação alimentar é responsável por aproximadamente 600 mil óbitos anuais e afeta cerca de 420 mil pessoas após o consumo de alimentos contaminados, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), informa o Metrópoles.

Para aprender a se proteger, o portal acadêmico The Conversation ofereceu um espaço para a microbiologista Primrose Freestone, da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Em um artigo, a especialista listou quatro alimentos que ela mesma evita consumir, como uma estratégia para evitar a intoxicação alimentar.

Saladas ensacadas - Freestone admitiu que evita completamente o consumo de misturas de verduras, frutas e legumes ensacados, principalmente devido à sua área de pesquisa relacionada à segurança de saladas frescas. Ao analisar as embalagens de alface, a especialista identificou a presença de microrganismos causadores de intoxicação alimentar, como a E. coli, Salmonella e Listeria. A especialista enfatizou que a maioria das saladas ensacadas é segura, desde que sejam armazenadas e refrigeradas adequadamente. Freestone aconselhou a lavagem minuciosa antes do consumo, o mesmo valendo para saladas prontas. Além disso, destacou a importância de consumir esses alimentos o mais rápido possível após a compra.

Ostras e mariscos - Outros itens que fazem parte da lista de alimentos evitados pela microbiologista incluem as ostras e mariscos crus. Segundo ela, as ostras, por serem filtradoras que retiram partículas da água, tendem a concentrar microrganismos nos tecidos, como o Vibrio. Primrose Freestone alertou que é possível contrair intoxicação alimentar ao consumir qualquer forma de marisco cru, e é por essa razão que ela opta por não ingerir esse alimento.

Churrasco ou piquenique - “Raramente como ao ar livre — em piqueniques ou churrascos — pois o risco de intoxicação alimentar aumenta quando a comida fica exposta ao ambiente”, contou. Ela aconselhou a manter as mãos limpas ao lidar com os alimentos, a fim de prevenir a contaminação por agentes prejudiciais. Em casos em que não seja possível lavar as mãos com água e sabão, a microbiologista recomendou o uso de álcool em gel. Além disso, ela alertou para o fato de que alimentos expostos têm o potencial de atrair insetos, como formigas, moscas e vespas, que podem "transferir germes" para a comida.

Buffets - Devido ao seu conhecimento sobre as condições ideais para a proliferação de bactérias relacionadas a alimentos, a especialista está vigilante quanto à segurança microbiológica dos buffets quentes e frios. “Em ambientes fechados, os alimentos podem ficar expostos à contaminação por insetos, poeira e, principalmente, por pessoas”, atestou. Para ela, a intoxicação alimentar “é um risco inevitável” em determinados cenários.