O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou à Justiça Eleitoral ter participação de 16,41% na Zema Crédito, Financiamento e Investimento S/A, instituição financeira da família dele, segundo informações publicadas pelo jornal O Tempo. O banco do qual o chefe do Executivo mineiro é sócio foi autorizado pelo Ministério da Cidadania, órgão do governo federal, a oferecer empréstimos consignados às pessoas beneficiárias do Auxílio Brasil. 

O empréstimo poderá ser feito em no máximo 24 parcelas mensais, que não podem superar 40% (R$ 160) do valor do benefício de R$ 400 — pela legislação atual, os R$ 600 são temporários e chegam ao fim em dezembro. A taxa de juros máxima é de 3,5% ao mês.

Além da estagnação econômica e da retirada dos direitos sociais e trabalhistas pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o empréstimo consignado pode ser feito com juros de 80% a 100% ao ano dependendo do plano que a pessoa tenha direito no banco. 
 
 
O alto índice de juros sobre quem já pertence às classes mais baixas economicamente teve repercussão na imprensa nacional, em veículos como o site DW e o Brasil de Fato, com reportagens publicadas em agosto. 

 
O banco de Zema e outras 11 instituições financeiras foram autorizadas a oferecer empréstimos. De acordo com o Ministério da Cidadania, basta que os bancos tenham interesse em operar o consignado do Auxílio Brasil. É necessário autorização do Banco Central e ter habilitação para fazer empréstimos consignados.

Eleições


O governador Romeu Zema foi reeleito com 56,18% dos votos. O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ficou em segundo lugar, com 35,08%.

Em Minas, o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 48,29% dos votos válidos (5.802.571 votos) e Jair Bolsonaro (PL), 43,60% (5.239.264 votos). Eles disputarão o segundo turno no dia 30 de outubro.

 
No País, o ex-presidente conseguiu a primeira posição, com 48% dos votos válidos (57,2 milhões) no primeiro turno da eleição, contra 43% (51 milhões) de Bolsonaro, o primeiro ocupante do Planalto a perder a eleição em primeiro turno desde 1997, quando a reeleição foi aprovada.