A declaração ocorreu durante a inauguração, promovida pela Gasmig, da linha tronco do Centro-Oeste do gasoduto, em Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro.
Ele disse que, embora mais valorizadas, as empresas ainda sofrem as amarras de estatais. "A empresa estatal funciona desse jeito: lentidão e custo maior", enfatizou.
Para ilustrar a burocracia, Zema fez uma comparação direta com a necessidade de reformar uma casa depois de uma tempestade. "É como se o telhado da nossa casa caísse numa tempestade, como teve aqui em Divinópolis, e, em vez de a gente chamar o marceneiro, o pedreiro, a construtora para reformar, tivesse que fazer uma licitação, e aí você vai ficar alguns meses nesse processo para atender toda a burocracia. E, em vez de resolver o problema da sua casa, você muda para outra, até todo o processo terminar. A empresa estatal funciona desse jeito: lentidão, um custo maior", exemplificou.
"Indignado"
Zema elevou o tom ao criticar políticos que se opõem à venda das estatais. Ele mencionou o movimento contra a PEC que dispensa a realização de referendo popular para autorizar a privatização ou federalização da Copasa. Aprovada em segundo turno no início deste mês, o governo teve dificuldades para conseguir os votos necessários.
Segundo o governador, há interesses eleitorais e pessoais por trás da resistência.
"E eu fico indignado quando vejo políticos contra a privatização. Acho que é porque não entendem como isso é um peso no desenvolvimento. Isso aqui (a inauguração do gasoduto) só está sendo possível porque hoje essas empresas estão sendo administradas como privadas. Mas o meu governo acaba, e quem garante que a politicagem não vai voltar? Este governo tem sido muito mais exceção do que regra."
Ele defende que apenas investidores privados garantirão os aportes necessários. Afirmou que Minas, endividado em R$ 180 bilhões, não tem capacidade de investimento no ritmo que o saneamento exige.
Aproveitam-se da ignorância
Em outro trecho, o governador ampliou a crítica e afirmou que grupos políticos usam o discurso do "patrimônio público" para proteger interesses próprios.
"O Brasil não avança porque nós temos aqui esses políticos que se aproveitam da ignorância das pessoas e ficam falando: ‘isso aqui é um patrimônio público’. Vamos deixar bem claro: é público, mas é muito mais dos políticos, que fazem de tudo para ter algum benefício próprio ou eleitoral com essas empresas. E o que nós queremos é um Estado que se desenvolva."







