array(31) {
["id"]=>
int(146321)
["title"]=>
string(73) "Zema autoriza governo a negociar adesão de Minas à Recuperação Fiscal"
["content"]=>
string(5468) "O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) publicou, nesta sexta-feira (16/12), decreto que autoriza a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O texto, presente na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, permite que a Secretaria de Estado de Fazenda assine contrato com o governo federal para pactuar as bases da renegociação da dívida de Minas junto à União. O débito ultrapassa os R$ 150 bilhões.
O aval de Zema à Recuperação Fiscal foi dado em meio a um imbróglio que envolve o Palácio Tiradentes, deputados estaduais e o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque o governo tenta convencer os integrantes da Assembleia Legislativa a aprovar o ingresso de Minas Gerais no plano de ajuste econômico. Parte dos parlamentares, contudo, teme efeitos negativos aos serviços públicos e ao funcionalismo.
Sem consenso no Legislativo, a equipe jurídica de Zema recorreu à Suprema Corte, que, por duas vezes, autorizou a entrada do estado no RRF mesmo sem o sinal verde dos deputados.
Também hoje, na sede da Assembleia Legislativa, três secretários de Zema - Igor Eto (Governo), Luisa Barreto (Planejamento e Gestão) e Gustavo Barbosa (Fazenda) - prestaram contas a deputados sobre os trabalhos de suas pastas.
As liminares do STF que amparam o decreto de Zema sobre a recuperação foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques. Mesmo com a garantia dada pelo Judiciário, Eto voltou a defender a necessidade de o governo formalizar, na Assembleia, a adesão de Minas à Recuperação Fiscal.
Segundo ele, o poder Executivo espera que o Legislativo analise as propostas enviadas pelo governador.
"Precisamos, sim, desenvolver Minas Gerais e investir no estado, mas precisamos mantê-lo viável, estável e sustentável por décadas", sustentou.
O pagamento das parcelas do da dívida de Minas junto à União está suspenso graças a uma liminar judicial obtida no fim do governo de Fernando Pimentel (PT). Em outubro de 2021 o STF chegou a ameaçar cassar a medida cautelar se não houvesse avanço em torno dos debates sobre o ajuste das contas públicas.
O pacote tem uma série de contrapartidas, como o impedimento da realização de concursos públicos sem que haja vacância de cargos. O Regime de Recuperação Fiscal veda, ainda, a criação de novas despesas obrigatórias que precisem ser executadas por pelo menos dois anos e a diminuição de alíquotas tributárias.
Oposição questiona
A judicialização do debate em torno da Recuperação Fiscal foi questionada pela deputada Beatriz Cerqueira, do PT. Integrante da coalizão de oposição a Zema, ela listou ocasiões em que Zema ou o partido Novo acionaram o Judiciário questionando ações dos parlamentares.
"Se está tudo na justiça, podemos fechar o Legislativo?", ironizou.
Em junho, Nunes Marques apontou "omissão" da Assembleia sobre a Recuperação Fiscal e autorizou o governo mineiro a seguir com os devidos trâmites para aderir ao plano. Dois dias atrás, o magistrado falou em "inércia reiterada e persistente" da Assembleia por não colocar o assunto em votação e, assim, reforçou a primeira liminar.
A adesão ao pacote de ajuste econômico é de responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Economia. O ingresso de Minas Gerais no plano foi permitido, mas, posteriormente, a secretaria apontou a necessidade de apresentação de autorização do Legislativo estadual para dar continuidade ao processo. A nova decisão de Nunes Marques, contudo, serviu para deslegitimar esse argumento dado pelo governo federal.
Sem consenso e sem Orcamento
Os deputados vão sair para o recesso parlamentar de fim de ano sem votar o texto-base do Orçamento de Minas Gerais. A pauta do plenário da Assembleia está travada desde junho, por causa do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que tramita em regime de urgência.
A urgência impede que outros temas sejam analisados antes de uma deliberação sobre a Recuperação Fiscal. Durante a semana, houve tentativas de acordo para derrubar a urgência e, assim, viabilizar as votações finais desta legislatura, que termina em fevereiro, com a posse dos eleitos em outubro.
"
["author"]=>
string(29) "Guilherme Peixoto / em.com.br"
["user"]=>
NULL
["image"]=>
array(6) {
["id"]=>
int(598928)
["filename"]=>
string(14) "azemanahgb.jpg"
["size"]=>
string(5) "37698"
["mime_type"]=>
string(10) "image/jpeg"
["anchor"]=>
NULL
["path"]=>
string(20) "marquivo/iixsportes/"
}
["image_caption"]=>
string(0) ""
["categories_posts"]=>
NULL
["tags_posts"]=>
array(0) {
}
["active"]=>
bool(true)
["description"]=>
string(190) "Deputados estaduais resistem a votar bases do ajuste fiscal, e governador se ampara em decisões do STF para avançar nas conversas com o Tesouro Nacional
"
["author_slug"]=>
string(27) "guilherme-peixoto-em-com-br"
["views"]=>
int(104)
["images"]=>
NULL
["alternative_title"]=>
string(0) ""
["featured"]=>
bool(false)
["position"]=>
int(0)
["featured_position"]=>
int(0)
["users"]=>
NULL
["groups"]=>
NULL
["author_image"]=>
NULL
["thumbnail"]=>
NULL
["slug"]=>
string(69) "zema-autoriza-governo-a-negociar-adesao-de-minas-a-recuperacao-fiscal"
["categories"]=>
array(1) {
[0]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
}
["category"]=>
array(9) {
["id"]=>
int(431)
["name"]=>
string(9) "Política"
["description"]=>
NULL
["image"]=>
NULL
["color"]=>
string(7) "#a80000"
["active"]=>
bool(true)
["category_modules"]=>
NULL
["category_models"]=>
NULL
["slug"]=>
string(8) "politica"
}
["tags"]=>
NULL
["created_at"]=>
object(DateTime)#539 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-12-16 18:50:08.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["updated_at"]=>
object(DateTime)#546 (3) {
["date"]=>
string(26) "2022-12-16 18:50:08.000000"
["timezone_type"]=>
int(3)
["timezone"]=>
string(13) "America/Bahia"
}
["published_at"]=>
string(25) "2022-12-16T18:50:00-03:00"
["group_permissions"]=>
array(4) {
[0]=>
int(1)
[1]=>
int(4)
[2]=>
int(2)
[3]=>
int(3)
}
["image_path"]=>
string(34) "marquivo/iixsportes/azemanahgb.jpg"
}
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) publicou, nesta sexta-feira (16/12), decreto que autoriza a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O texto, presente na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, permite que a Secretaria de Estado de Fazenda assine contrato com o governo federal para pactuar as bases da renegociação da dívida de Minas junto à União. O débito ultrapassa os R$ 150 bilhões.
O aval de Zema à Recuperação Fiscal foi dado em meio a um imbróglio que envolve o Palácio Tiradentes, deputados estaduais e o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque o governo tenta convencer os integrantes da Assembleia Legislativa a aprovar o ingresso de Minas Gerais no plano de ajuste econômico. Parte dos parlamentares, contudo, teme efeitos negativos aos serviços públicos e ao funcionalismo.
Sem consenso no Legislativo, a equipe jurídica de Zema recorreu à Suprema Corte, que, por duas vezes, autorizou a entrada do estado no RRF mesmo sem o sinal verde dos deputados.
Também hoje, na sede da Assembleia Legislativa, três secretários de Zema - Igor Eto (Governo), Luisa Barreto (Planejamento e Gestão) e Gustavo Barbosa (Fazenda) - prestaram contas a deputados sobre os trabalhos de suas pastas.
As liminares do STF que amparam o decreto de Zema sobre a recuperação foram expedidas pelo ministro Kassio Nunes Marques. Mesmo com a garantia dada pelo Judiciário, Eto voltou a defender a necessidade de o governo formalizar, na Assembleia, a adesão de Minas à Recuperação Fiscal.
Segundo ele, o poder Executivo espera que o Legislativo analise as propostas enviadas pelo governador.
"Precisamos, sim, desenvolver Minas Gerais e investir no estado, mas precisamos mantê-lo viável, estável e sustentável por décadas", sustentou.
O pagamento das parcelas do da dívida de Minas junto à União está suspenso graças a uma liminar judicial obtida no fim do governo de Fernando Pimentel (PT). Em outubro de 2021 o STF chegou a ameaçar cassar a medida cautelar se não houvesse avanço em torno dos debates sobre o ajuste das contas públicas.
O pacote tem uma série de contrapartidas, como o impedimento da realização de concursos públicos sem que haja vacância de cargos. O Regime de Recuperação Fiscal veda, ainda, a criação de novas despesas obrigatórias que precisem ser executadas por pelo menos dois anos e a diminuição de alíquotas tributárias.
Oposição questiona
A judicialização do debate em torno da Recuperação Fiscal foi questionada pela deputada Beatriz Cerqueira, do PT. Integrante da coalizão de oposição a Zema, ela listou ocasiões em que Zema ou o partido Novo acionaram o Judiciário questionando ações dos parlamentares.
"Se está tudo na justiça, podemos fechar o Legislativo?", ironizou.
Em junho, Nunes Marques apontou "omissão" da Assembleia sobre a Recuperação Fiscal e autorizou o governo mineiro a seguir com os devidos trâmites para aderir ao plano. Dois dias atrás, o magistrado falou em "inércia reiterada e persistente" da Assembleia por não colocar o assunto em votação e, assim, reforçou a primeira liminar.
A adesão ao pacote de ajuste econômico é de responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Economia. O ingresso de Minas Gerais no plano foi permitido, mas, posteriormente, a secretaria apontou a necessidade de apresentação de autorização do Legislativo estadual para dar continuidade ao processo. A nova decisão de Nunes Marques, contudo, serviu para deslegitimar esse argumento dado pelo governo federal.
Sem consenso e sem Orcamento
Os deputados vão sair para o recesso parlamentar de fim de ano sem votar o texto-base do Orçamento de Minas Gerais. A pauta do plenário da Assembleia está travada desde junho, por causa do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que tramita em regime de urgência.
A urgência impede que outros temas sejam analisados antes de uma deliberação sobre a Recuperação Fiscal. Durante a semana, houve tentativas de acordo para derrubar a urgência e, assim, viabilizar as votações finais desta legislatura, que termina em fevereiro, com a posse dos eleitos em outubro.