A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está processando criminalmente o jornalista Luan Araújo, que foi perseguido por ela antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Na queixa-crime, a parlamentar acusa o homem de iniciar a confusão, já que estaria “insatisfeito com a ideologia política da deputada”.

Trechos da representação, protocolada na última quarta-feira (26/7), foram divulgados pela revista "Veja". Zambelli ainda alega que Luan teria continuado a promover ofensas contra sua pessoa e cita um artigo escrito pelo jornalista. No texto, o homem dizia que a deputada “segue com uma seita de doentes da extrema-direita que a seguem incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades”.

A defesa da parlamentar ainda diz que o episódio foi traumatizante para os dois lados, mas não permite que a vítima ofenda Zambelli. O Ministério Público discorda da tese que acusa o jornalista, mas o juiz Fabrício Reali Zia, da Vara Especial Criminal paulista, entende que não é possível rejeitar os pedidos da autora e determinou uma audiência preliminar.

Na ocasião, Zambelli havia sacado uma arma e corrido atrás do homem. O caso viralizou e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), atribuem ao episódio à derrota nas eleições. A parlamentar responde no Supremo Tribunal Federal por porte ilegal de arma.