O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno da eleição presidencial deste ano. Tal postura democrática diverge de seu colega de chapa, o governador Romeu Zema (Novo), que declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL).

Brant afirmou que votou em Simone Tebet (MDB) no primeiro turno e que a escolha de apoiar Lula para o segundo turno se deu pois o petista reúne as "melhores condições de resguardar o nosso sistema democrático" devido à "diversidade de seu arco de alianças."

O vice de Zema ainda alertou que a candidatura Bolsonaro "foi capturada por uma extrema direita radical, que ameaça de fato nossa democracia" e que "a manutenção das instituições democráticas é o que importa nesse momento."

"Só a democracia pode nos resgatar a esperança de construir uma verdadeira nação, próspera, solidária, justa e pacífica. Viva a democracia! Sempre", concluiu Brant.


Apesar de serem colegas de chapa, Brant e Zema não possuem boa relação há tempos. O vice-governador rompeu com seus aliados e desfiliou-se do Partido Novo, migrando para o PSDB, onde concorreu novamente para as eleições deste ano na chapa de seu correligionário Marcus Pestana. Em retaliação, Zema exonerou, em agosto, toda a equipe de Brant na vice-governadoria.