O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), foi o nome escolhido, nesta segunda-feira, 8, em Belo Horizonte, para compor a chapa tucana ao governo do estado, encabeçada pelo ex-deputado Marcus Pestana. A escolha do vice do governador Romeu Zema (Novo), que deixou o partido Novo, em 2020, no meio do mandato, foi acertada após encontro de lideranças da federação PSDB-Cidadania, que se reuniu na sede do PSDB, na região central da capital mineira, para cravar o nome de Brant para compor a chapa na disputa pelo Palácio Tiradentes. 

A expectativa das lideranças da federação PSDB-Cidadania é a de que, com o nome escolhido, a campanha possa revelar ao eleitorado mineiro que possui uma composição forte para retornar ao governo de Minas Gerais, contando com "a tranquilidade, a experiência e a articulação" de Brant, além de Pestana, quadro histórico da legenda no estado.

Professor universitário, economista e engenheiro civil, com vasta experiência na iniciativa privada e pública, Brant, 70 anos, é de família tradicional da política mineira, irmão do compositor, Fernando Brant (1946-2015), e do ex-deputado e ex-ministro da Previdência Social, Roberto Brant.

Durante a campanha e no início da gestão Zema, à época neófito em política, Brant atuou como articulador entre o governo estadual e os diversos segmentos da sociedade, sobretudo junto a empresários e lideranças políticas, a exemplo de prefeitos e deputados estaduais.

Mas em março de 2020, o vice-governador decidiu deixar a legenda de Zema, após o governador vetar projeto aprovado pelos deputados estaduais, e promessa do mandatário, de conceder reajuste às forças de segurança mineira. Brant à época criticou a falta de disposição do partido Novo em realizar coalizões políticas para garantir a governabilidade na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e junto aos prefeitos, além de demais segmentos da sociedade civil.

Durante a convenção do PSDB que escolheu o nome de Pestana, na sexta-feira (5), Brant discursou última sexta-feira, 5, o vice-governador voltou a criticar o Novo na convenção do PSDB e criticou a legenda.

"O partido (Novo) hoje no governo do Estado nega a política e adota uma postura tecnocrática. Tratam a política como um mal necessário. E a política não é um mal necessário, é um bem necessário e fundamental", afirmou o vice-governador na ocasião.