Pelo menos 25 dos 41 vereadores da Câmara de Belo Horizonte assinaram a medida que pretende acabar com a obrigatoriedade da utilização do terno nas sessões plenárias da casa. Autor da proposta, Gabriel Azevedo (PHS) ressalta que a utilização de trajes formais, em excesso, “afasta o representante do povo”. 

 “O Brasil é um país tropical, então eu acho que não há necessidade de obrigar os vereadores a usarem terno na Câmara. Acho que tem que ser um traje condizente, ninguém virá aqui de chinelo e bermuda, conforme a proposta deixa claro, mas com uso de calça e camisas sociais”, diz Azevedo. 

Atualmente, homens são obrigados a usar terno completo, sendo vedadas calças de brim, jeans e similares. Já mulheres precisam utilizar roupas em tecido fino e sem exposição de decote. “É uma coisa retrógada exigir das nossas companheiras, vereadoras, traje de tecido fino. Quem é que decide o que é fino? Então isso vai fazer o plenário evoluir e ficar mais próximo da realidade da cidade”, completa. 

Por ser uma mudança que tem que partir da mesa diretora, Gabriel Azevedo apenas colhe as assinaturas em apoio a uma sugestão, que posteriormente será avaliada. 

A não utilização do terno na Câmara, inclusive, foi permitida nos últimos dias pela presidente da casa, Nely Aquino (PRTB), após um problema com o ar-condicionado. 

Por outro lado, Elves Cortes (PHS) acredita que a medida pode tirar a seriedade da função parlamentar, além de uma utilização de trajes cada vez menos formais. “Não é a roupa que vai falar da seriedade da pessoa, mas dentro da instituição Câmara Municipal eu peço para que não abra mão do terno”, completa.

Fonte:itatiaia.com.br