O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou, em nota à imprensa, que neste segundo turno da eleição presidencial apoiará a candidatura que defende a democracia, cumpra a Constituição e mantenha as reformas já realizadas durante seu mandato no Executivo.

Ele não fez menção ao presidente Jair Bolsonaro (PL) ou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Aplaudirei a candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do País", disse Temer. O ex-presidente está cumprindo agenda de palestras em Londres.

A disposição inicial de Temer era declarar apoio explícito a Bolsonaro. Mas, segundo o blog do G1 da jornalista Júlia Duailibi, por pressão de familiares, o ex-presidente desistiu de aliar-se oficialmente ao chefe do Executivo.

O emedebista já tinha ensaiado, inclusive, uma aproximação com o PT. No entanto, o fato de ser chamado de "golpista" por aliados da legenda e pelo próprio Lula dificultaram o movimento.

Na quata-feira, o MDB reiterou em nota emitida que libera seus filiados para se manifestarem no segundo turno "conforme sua consciência". Pouco antes, Ibaneis Rocha, governador reeleito do Distrito Federal, oficializou apoio a Bolsonaro.

A senadora Simone Tebet (MDB), derrotada na disputa pela Presidência, por outro lado, declarou apoio a Lula por reconhecer no petista o seu "compromisso com a democracia" - que desconhece em Bolsonaro.