'TUDO É POSSÍVEL

A onze meses da eleição ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Michel Temer (MDB) crê que "tudo é possível". Em meio à profusão de pré-candidatos que tentam se opor a Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o emedebista não descarta, inclusive, a aparição do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Eles se reuniram nesta quinta-feira (04/11), na capital mineira.


A disputa pelo posto de "terceira via" é ampla e vai do Novo - que lançou a pré-candidatura do cientista político  Luiz Felipe D'Ávila - ao PDT de  Ciro Gomes. Há, ainda, nomes como os de Eduardo Leite e João Doria, que reivindicam a indicação do PSDB, e Rodrigo Pacheco, recém-filiado ao PSD, que tenta ser convencido por seus pares a participar do pleito.

Em BH, Temer foi questionado pelo Estado de Minas sobre as possibilidades de Kalil, iminente candidato ao governo estadual, ser alçado à eleição nacional.

"Tudo é possível. Hoje, ainda, vindo para cá, li nos jornais que já há onze pré-candidatos na chamada terceira via. Kalil faz uma gestão muito boa aqui. Também poderia ser um 12° da terceira via", disse ele.

Uma comitiva composta por integrantes da alta cúpula do MDB no estado, reforçada por Temer e pelo ex-senador Romero Jucá (RR), fez visita de cortesia a Kalil nesta quinta. No encontro, o prefeito  recebeu convite para engrossar os quadros do partido.


Ex-presidente prevê disputa 'adequada' em 2022

Mantido o cenário mais recente, porém, Kalil pode surgir na corrida rumo ao Palácio Tiradentes. Até o momento, apenas o governador Romeu Zema (Novo) confirmou participação. Para Temer, a hipotética disputa entre ambos será baseada em princípios justos.

"Não vou entrar na discussão da política de Minas Gerais, mas acho que Zema é candidato à reeleição. Kalil faz, também, belíssima gestão na Prefeitura de Belo Horizonte. Vai ser uma disputa muito adequada, penso eu, entre ambos os contendores", opinou.

No MDB, a senadora Simone Tebet (MS), de destacada participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID,  surge como opção para defender a pré-candidatura própria da legenda à presidência.