Jair Bolsonaro (PL) determinou que os ministros da Economia e da Saúde, Paulo Guedes e Marcelo Queiroga, respectivamente, revertam os cortes feitos no orçamento do programa Farmácia Popular para o próximo ano. Bolsonaro, que segundo as pesquisas de intenção de voto está atrás do  ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), demonstrou temer o desgaste eleitoral resultante da redução de 60% dos valores repassados para o programa. 


O dinheiro para medicamentos gratuitos, distribuídos pela Farmácia Popular,  caiu de R$ 2,04 bilhões no orçamento de 2022 para R$ 804 milhões no projeto de 2023 enviado ao Congresso no final de agosto, o que representou R$ 1,2 bilhão a menos.

De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do G1, “o ministro da Economia informou ao presidente que o corte foi feito para respeitar o teto de gastos, mas assessores do presidente avaliaram o corte como uma ‘medida sem sensibilidade, especialmente em ano eleitoral’, já que o valor de outras despesas, como o do ‘orçamento secreto’, foi preservado”. 

Ainda  segundo a reportagem, “o comitê da reeleição alertou o presidente Bolsonaro para o corte no programa Farmácia Popular, avaliado como uma medida negativa e uma munição para o PT neste ano eleitoral”.