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“Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir os Estados Unidos. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema”, afirmou o governador, em publicação nas redes sociais.
A manifestação de Tarcísio ocorre em um momento de agressão dos EUA ao Brasil, com o anúncio da tarifa pelo presidente Trump. O chefe da Casa Branca usa o pretexto para justificar a medida o que considera perseguição judicial contra Jair Bolsonaro e como reação ao que classificou como “restrições à liberdade de expressão” no Brasil, citando plataformas digitais banidas ou limitadas por decisões judiciais.
Aliado de Bolsonaro e possível presidenciável da direita em 2026, Tarcísio reforçou a retórica bolsonarista, alinhando-se ao discurso segundo o qual o atual governo teria rompido com os Estados Unidos por razões ideológicas e perseguido opositores políticos. A ofensiva ocorre após o governador ter celebrado, no início do ano, a posse de Trump com entusiasmo. Em vídeo publicado em janeiro, Tarcísio aparece sorrindo ao colocar o boné vermelho com o slogan “Make America Great Again” e diz: “grande dia”.
A nova tarifa tarifária afeta diretamente as exportações brasileiras estratégicas como carne bovina, aço, celulose, café, aeronaves e ouro. A medida causou forte repercussão no setor produtivo e no mercado financeiro. Os empresários temem prejuízos bilionários com a elevação do custo dos produtos brasileiros nos Estados Unidos.
Em resposta à medida, o presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e que não aceitará ser tutelado por nenhuma potência estrangeira. Disse ainda que qualquer medida unilateral será respondida à luz da Lei de Reciprocidade Econômica. O Itamaraty, por sua vez, devolveu à embaixada americana a carta enviada por Trump, classificando-a como “ofensiva” e repleta de erros factuais.
Parlamentares e influenciadores ligados a Bolsonaro responsabilizaram o governo Lula pela ação de Trump e o acusaram de favorecer regimes autoritários em detrimento da aliança histórica com os EUA. Já deputados governistas atribuem a escalada da crise a manobras de bastidores articuladas por bolsonaristas, com destaque para o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive atualmente nos EUA e tem reiteradamente atacado o Supremo Tribunal Federal e o sistema político brasileiro.
Eduardo Bolsonaro publicou nota afirmando que a tarifa é consequência de abusos cometidos pelo Judiciário brasileiro e de suposta censura a plataformas digitais alinhadas à direita. A interpretação de aliados do governo, no entanto, é de que o filho do ex-presidente incentivou diretamente Trump a tomar medidas retaliatórias contra o Brasil, num gesto de traição aos interesses nacionais.
A guerra de versões evidencia o nível de acirramento político no país, a pouco mais de um ano da eleição presidencial. Embora Tarcísio ainda afirme que disputará a reeleição em São Paulo, nos bastidores ele é visto como favorito para herdar a candidatura do bolsonarismo à Presidência da República em 2026. Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030, condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o atual governador de São Paulo aparece como principal herdeiro político do ex-presidente.
A imposição da tarifa por Trump e as diferentes reações políticas ao episódio reforçam a tendência à intensificação da luta política e colocam o Brasil diante de uma crise diplomática de grandes proporções, com impacto direto sobre sua economia e seu posicionamento internacional.
Enquanto isso, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), adotou tom mais cauteloso. Em entrevista concedida na noite de quarta-feira, classificou a medida adotada por Trump como “equivocada na forma e na execução”, sinalizando desconforto entre aliados de Tarcísio quanto às possíveis repercussões econômicas da medida.
No Congresso Nacional, líderes partidários debatem uma eventual resposta legislativa ao tarifário norte-americano, embora medidas concretas devam partir do Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A crise entre Brasil e Estados Unidos, reacendida no contexto do segundo mandato de Trump, expõe as divergências geopolíticas entre as duas nações e coloca em evidência a disputa política entre os dois polos do quadro político brasileiro.
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“Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir os Estados Unidos. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema”, afirmou o governador, em publicação nas redes sociais.
A manifestação de Tarcísio ocorre em um momento de agressão dos EUA ao Brasil, com o anúncio da tarifa pelo presidente Trump. O chefe da Casa Branca usa o pretexto para justificar a medida o que considera perseguição judicial contra Jair Bolsonaro e como reação ao que classificou como “restrições à liberdade de expressão” no Brasil, citando plataformas digitais banidas ou limitadas por decisões judiciais.
Aliado de Bolsonaro e possível presidenciável da direita em 2026, Tarcísio reforçou a retórica bolsonarista, alinhando-se ao discurso segundo o qual o atual governo teria rompido com os Estados Unidos por razões ideológicas e perseguido opositores políticos. A ofensiva ocorre após o governador ter celebrado, no início do ano, a posse de Trump com entusiasmo. Em vídeo publicado em janeiro, Tarcísio aparece sorrindo ao colocar o boné vermelho com o slogan “Make America Great Again” e diz: “grande dia”.
A nova tarifa tarifária afeta diretamente as exportações brasileiras estratégicas como carne bovina, aço, celulose, café, aeronaves e ouro. A medida causou forte repercussão no setor produtivo e no mercado financeiro. Os empresários temem prejuízos bilionários com a elevação do custo dos produtos brasileiros nos Estados Unidos.
Em resposta à medida, o presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e que não aceitará ser tutelado por nenhuma potência estrangeira. Disse ainda que qualquer medida unilateral será respondida à luz da Lei de Reciprocidade Econômica. O Itamaraty, por sua vez, devolveu à embaixada americana a carta enviada por Trump, classificando-a como “ofensiva” e repleta de erros factuais.
Parlamentares e influenciadores ligados a Bolsonaro responsabilizaram o governo Lula pela ação de Trump e o acusaram de favorecer regimes autoritários em detrimento da aliança histórica com os EUA. Já deputados governistas atribuem a escalada da crise a manobras de bastidores articuladas por bolsonaristas, com destaque para o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive atualmente nos EUA e tem reiteradamente atacado o Supremo Tribunal Federal e o sistema político brasileiro.
Eduardo Bolsonaro publicou nota afirmando que a tarifa é consequência de abusos cometidos pelo Judiciário brasileiro e de suposta censura a plataformas digitais alinhadas à direita. A interpretação de aliados do governo, no entanto, é de que o filho do ex-presidente incentivou diretamente Trump a tomar medidas retaliatórias contra o Brasil, num gesto de traição aos interesses nacionais.
A guerra de versões evidencia o nível de acirramento político no país, a pouco mais de um ano da eleição presidencial. Embora Tarcísio ainda afirme que disputará a reeleição em São Paulo, nos bastidores ele é visto como favorito para herdar a candidatura do bolsonarismo à Presidência da República em 2026. Com Jair Bolsonaro inelegível até 2030, condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, o atual governador de São Paulo aparece como principal herdeiro político do ex-presidente.
A imposição da tarifa por Trump e as diferentes reações políticas ao episódio reforçam a tendência à intensificação da luta política e colocam o Brasil diante de uma crise diplomática de grandes proporções, com impacto direto sobre sua economia e seu posicionamento internacional.
Enquanto isso, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), adotou tom mais cauteloso. Em entrevista concedida na noite de quarta-feira, classificou a medida adotada por Trump como “equivocada na forma e na execução”, sinalizando desconforto entre aliados de Tarcísio quanto às possíveis repercussões econômicas da medida.
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A crise entre Brasil e Estados Unidos, reacendida no contexto do segundo mandato de Trump, expõe as divergências geopolíticas entre as duas nações e coloca em evidência a disputa política entre os dois polos do quadro político brasileiro.