PRISÃO

A CPI das Bets prendeu, nesta terça-feira (29), o empresário Daniel Pardim Tavares Lima durante depoimento na comissão. O pedido de prisão em flagrante foi feito pela relatora da CPI, a senadora Soraya Thronicke (Podemos)

 A CPI das Bets determinou a prisão do empresário Daniel Pardim Tavares Lima durante a sessão desta terça-feira. Ele prestava depoimento à comissão quando a relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), deu voz de prisão a ele por mentir à CPI. "Seus advogados poderão explicar em um habeas corpus. O senhor está preso por falso testemunho", declarou durante a audiência. A sessão foi suspensa, e a Polícia Legislativa deu início aos procedimentos para a prisão do empresário. 

A posição da senadora Soraya Thronicke ainda foi submetida à análise dos membros da comissão por orientação do presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), que endossou a prisão do empresário. A avaliação geral é que Daniel Pardim mentiu ao afirmar que não conhecia Adélia de Jesus Soares, proprietária de um grupo de pagamentos ligada à empresa à qual ele é sócio. 

Prisão na CPI das Bets 

Daniel Pardim era alvo de requerimento protocolado na CPI das Bets no último 24 de março. Na justificativa apresentada à comissão, a relatora Soraya Thronicke afirma que era importante ouvi-lo sobre as transações financeiras entre as plataformas de apostas online. Pardim é sócio da Peach Blossom River Technology que, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, mantém ligações com a Payflow Processadora de Pagamentos — sob investigação. "A oitiva de um representante da empresa poderá fornecer informações relevantes para a compreensão das estruturas empresariais envolvidas no setor de pagamentos e suas relações com as plataformas de apostas online", argumentou. 

A posição do empresário na sessão, se recusando a responder as perguntas apresentadas pelos senadores que compõem a CPI das Bets, irritou a comissão. O ápice do depoimento aconteceu quando o senador Marcos Rogério (PL-RO) perguntou a Daniel Pardim quem orientou que ele comparecesse à sessão como representante da Peach Blossom. As respostas truncadas irritaram a comissão, e a relatora aproveitou para dar voz de prisão a ele, lembrando que instantes antes ele respondeu que não conhecia a proprietária da Payflow.