DESSA VEZ FOI

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (13), por 47 votos favoráveis, 30 contrários e 1 abstenção, a indicação do mineiro Leonardo Magalhães para o comando da Defensoria Pública da União (DPU). Após ter o aval dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na última semana, agora ele precisava do apoio de pelo menos 41 dos 81 senadores.

Esta é a segunda indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a DPU. Em novembro, a Casa Legislativa havia rejeitado o nome de Igor Roque para o cargo. Na ocasião, a oposição iniciou uma campanha contrária após a realização de um evento, na DPU, sobre saúde da mulher, que teve como um dos temas discutidos o aborto de gestação.

Na época, Lula até mesmo disse que a culpa pela derrota na Casa poderia ser colocada como responsabilidade dele: “Possivelmente foi minha culpa porque eu estava hospitalizado, porque eu não pude conversar com ninguém a respeito dele. Não pude sequer avaliar se ele fosse ser votado ou não”, disse a jornalistas em outubro. 

Perfil

Mineiro de Belo Horizonte, Leonardo Magalhães é graduado em Direito na Faculdade de Milton Campos. Tem 15 anos de experiência na DPU e atuou como defensor público interamericano junto à Comissão e à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Sua experiência, segundo o governo federal, inclui a coordenação de projetos de apoio a migrantes venezuelanos em Roraima, Amazonas e Pará. 

Além disso, é membro do Grupo de Trabalho Nacional de Assistência às Vítimas de Tráfico de Pessoas da DPU, no qual assumiu o papel de coordenador. Ele também teve participação no Conselho Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

Com um doutorado em Ciências Jurídicas e Políticas pela UPO, Espanha, e um mestrado em Direitos Humanos pela mesma instituição, Magalhães também possui especializações em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e em Investigação e Judicialização do crime de tráfico de pessoas pela Universidade de la Sabana, Colômbia.

Fonte:otempo.com.br